O que já foi o depósito de colchões e equipamentos no 25º andar do WZ Hotel Jardins, na avenida Rebouças, hoje é o Tetto, um rooftop com bar e balada para a elite paulistana. Por ali, o pessoal curte pocket shows e dança ao som de DJs enquanto beberica coquetéis que podem ser escolhidos com base na numerologia.
Isso porque a casa lançou um cardápio de drinques inspirado na prática, que estuda a influência dos números nas pessoas. Funciona assim: primeiro, o cliente escolhe um número. Então, ele abre e fecha o menu, um origami, o número de vezes correspondente. Quatro opções ficam visíveis para a escolha.
Matheus Cunha, o chefe de bar do grupo que comanda o Tetto, diz que as pessoas pegam o número com o qual mais se identificam, sem nem saber os ingredientes do drinque. As opções são inspiradas nos números mestres da numerologia, como o 11, o intuitivo; 22, o empreendedor; 33, o idealizador; 44, o solucionador; 55 , os curadores; 66, o portador do amor; 77, o entendedor; e o 88, a busca da perfeição. Cada bebida custa R$ 42.
Segundo Cunha, as pessoas geralmente mantêm a escolha depois de abrirem a aba da dobradura e lerem a composição do drinque, a não ser que não goste de algum dos ingredientes. "Normalmente, o cliente fica com o drinque porque ele combina com as características do número e das suas próprias." Quem pede o número 33, o idealizador, por exemplo, toma uma combinação de gim, pepino, manjericão, xarope de gengibre e bíter de manjericão de laranja.
Foi a brincadeira com o origami que deu início à criação da nova carta da casa —a numerologia veio depois. O bartender nunca foi apegado a essa visão mística dos números, mas encontrou essa solução para ligar a dobradura aos drinques. "Eu comecei a pesquisar números para colocar no cardápio e encontrei os números mestres da numerologia, que têm muita força", conta.
Depois da escolha do formato e dos nomes, Cunha buscou criar receitas que combinassem com o que a numerologia define para os tais algarismos. "O conceito do drinque traz semelhanças com o número, desde a escolha da taça até o modo como é preparado."
Além da carta nova, a casa oferece cerca de 60 coquetéis. Bebidas que fizeram sucesso em cardápios anteriores, como o Shard London Bridge, que até hoje é mais pedido do que o clássico gim-tônica, estão entre elas.
Cunha assumiu o posto de responsável pelos cardápios de drinques do Tetto poucos meses após a inauguração da casa, em 2017. Cardápios, no plural, já que a carta de bebidas disponível no bar é renovada anualmente.
Além do Tetto, ele cuida das outras casas do Grupo PHD, formado pelo restaurante de culinária asiática Mr. Wong, pelo restaurante inspirado na belle époque paulistana Antonella Maison e pelo italiano Pippo Limone.
Como chefe executivo de bar do grupo, Cunha não prepara as misturas e monta os drinques dos clientes no dia a dia, já que divide o tempo entre todas as casas. Quem quiser visitar o Tetto e experimentar um drinque preparado pelas mãos do mixologista deve reservar uma mesa para quinta-feira.
É neste dia da semana que a pista de dança da casa fica aberta até o amanhecer. A programação do endereço varia. Às quartas-feiras costumam rolar pocket shows, por exemplo, enquanto as sextas-feiras e os sábados são marcados por uma programação de DJs.
07h00
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