No último andar do complexo de restaurantes Vila Anália, na zona leste paulistana, o restaurante grego Mii abrirá as portas no próximo dia 13. E, como tudo por ali, os números chamam a atenção —são 600 metros quadrados e capacidade para até 250 pessoas, quase um terço da capacidade de todo o prédio, que conta com outros cinco restaurantes.
Além de cozinha e bar, o ambiente possui um lago artificial de 20 metros quadrados, morada para um cardume de 5.000 peixes ornamentais. A área externa é formada por pura ostentação, com um pergolado coberto com esteiras de palha, decorado com cordões de lâmpadas e olhos gregos pendurados, cercados por quatro palmeiras de cinco toneladas cada uma.
Já na área interna, o chão e as paredes brancas foram esculpidas à mão, imitando as pedras de Mykonos —afinal, tudo ali dá uma piscadinha para a cultura, a história e a geografia da Grécia. A arquitetura do famoso balneário grego também surge em um painel ripado dourado, imitando folhas de ouro. Somando-se aos R$ 14 milhões que já foram investidos para a construção de todo o complexo, o grupo gastou mais R$ 4 milhões para a conclusão do rooftop.
Quem comanda as panelas é o chef italiano Antonio Maiolica, que também está à frente do menu do Temperani, outro dos restaurantes do Vila Anália. "Antonio dizia que nunca conseguiu fazer uma cozinha despojada. Decidimos dar esta oportunidade a ele", diz Guilherme Temperani, porta-voz do grupo, que tem outros três primos como sócios.
Do cardápio, destaca-se a entrada de homus de beterraba, acompanhado de cenouras e queijo de cabra (R$ 42,70), além dos tomates verdes fritos, com creme de ricota, alcachofras e maionese de páprica (R$ 48). Entre os principais, boas opções são a paleta de cordeiro, servida com cuscuz marroquino, caponata de legumes e manjericão, e o atum na brasa com purê de berinjela, pistache e salada de erva-doce —estes preços não foram confirmados.
Como tudo no mundo de hoje é experiência, ostras, peixes, lagostas e crustáceos frescos ficam à mostra em um aquário, no qual o cliente pode escolher qual gostaria de ver no prato. O bicho, então, é pesado e preparado na hora. Entre os acompanhamentos, há batata rústica com alecrim, purê de batata, legumes grelhados e pão pita da casa com molho tzatziki, um iogurte com pepino.
O bar é assinado por Luis Carlos Cruz de Freitas, que também criou a carta de outros quatro restaurantes do grupo. Vale brindar com o coquetel Ícaro, em referência ao personagem da mitologia. O drinque custa R$ 34, numa mistura de uísque, xarope de especiarias, suco de limão e extrato de maracujá.
As sobremesas ficam a cargo de Pedro Frade, que supervisiona o Vila Anália Pâtisserie, um mix de confeitaria e gelateria instalada ao lado da porta principal do prédio. Para o restaurante, ele criou o cheesecake de queijo de cabra com geleia de figo e crocante de amêndoas (R$ 36), o chocolate baklava, com massa-filo e gelato de pistache (R$ 36), e um iogurte com pêssego assado, gelato de iogurte e calda de mel (R$ 34).
Como é tradição nos restaurantes gregos, a quebra de pratos também está presente. Mas há uma causa social envolvida. Reza a lenda que os gregos antigos acreditavam que o barulho da quebradeira espantava os maus espíritos, além de ser uma forma de provar o desapego pelos bens materiais.
Por isso, o restaurante disponibilizará louças de gesso para as pessoas espatifá-las no chão. "A cada prato quebrado, uma marmita será doada para a população carente", afirma Temperani.
Comentários
Ver todos os comentários