Com casas em todos os continentes e sócios do jet-set como o ator Robert de Niro, o restaurante Nobu abriu em São Paulo.
O primeiro foi em Nova York, com a cozinha do chef japonês Nobu Mitsuhisa, que antes vivia em Los Angeles depois de ter trabalhado no Peru ainda jovem.
Foi esta mistura de técnicas japonesas com sabores picantes da cozinha andina que encantou os Estados Unidos e depois o mundo. Uma cozinha que foge da estrita linha original japonesa (que no Brasil é muito bem executada em tantos lugares), mas não cai na caricatura americana dos sushis de queijo com manga.
Muito do Nobu nós já conhecemos de seus restaurantes pelo mundo e de outros que incorporaram suas receitas e estilos. Para ir direto à fonte, o Nobu de São Paulo, em suas elegantes instalações dos Jardins, é um bom mostruário.
Seus chefs brasileiros trabalharam em seu território (a chef-executiva Letícia Shiotsuka no Nobu Miami, e o sushichef Fábio Nakazato nas casas de Moscou, Miami e Austrália). O bastante para executar com cuidado os pratos que ele batiza como “estilo Nobu”.
Não é difícil achar seus condimentos com jeito latino. Entre os peixes crus, o olhete vem fatiado com pimenta jalapeño; o sashimi de salmão “new style” é banhado com azeite quente; o sushi de linguado vem com molho de pimenta peruana rocoto e shoyu desidratado.
O atum top de linha é o bluefin importado, e pode ser provado como niguiri ou tataki (picadinho com molho de cebola e cebolinha).
Do forno com potente chama de gás sai um vistoso prato de couve-flor com molho de jalapeño (mas, apesar de feito no forno, é bem engordurado). Entre os quentes também as jalapeños reinam —estão nas lulas crocantes juntas com outras pimentas, cebola, coentro, amendoim e limão; e no molho cremoso do tempura de camarão.
Um clássico da casa que está em perfeita forma é o black cod selvagem do Alasca, de textura sedosa e a envolvente presença da fina cobertura de missô.
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