Às vezes o simpático Quito Quito Izakaya parece um pouco sobrevalorizado. Como bar japonês, tem pouca variedade de bebidas. E na comida —que costuma ser a grande surpresa destes bares, que em princípio seriam mais botecos para se beber— faz falta a velha e boa (e poluidora) grelha de carvão.
E de petiscos mais diferentes, que hoje encontramos nos vários izakayas que, em São Paulo, vêm surgindo como cogumelos numa manhã de orvalho no Japão.
Mesmo assim é um lugar agradável, com seu público de cara oriental e a presença modesta, mas sorridente, da sócia Kaori Muranaka, que veio do Japão há cinco anos para ajudar o irmão Takahiro quando ele abriu a casa na Vila Madalena, antes de mudar para o atual ponto no Jardim Paulista.
É ela que prepara os sashimis, e que comanda a cozinha, de onde saem alguns petiscos típicos sempre disponíveis no cardápio manuscrito, como o karaague (frango empanado bem sequinho e suculento, ao qual faltaria um molho para amalgamar a fritura, R$ 37,40), e outros que variam a cada dia, às vezes nos mesmos preparos, mudando apenas o pescado.
Peixes secos e depois passados na grelha (himono), como o carapau (R$ 28) são para iniciados —ficam bem secos, pedem mesmo litros de cerveja, o que de toda forma nos bares japoneses é de lei.
Dos pratos (na verdade, são mais porções), os cozidos são melhor opção (moela refogada, R$ 26,50; pescoço de garoupa, R$ 64).
Boa pedida é o almoço, farto: servido numa bonita caixa de bentô, há quatro opções na lousa —por exemplo: sashimi (misto de carapau, atum, olho de boi, bonito, depende do dia), churrasquinho bovino na chapa (ambos a R$ 49,50), frango frito ou porco refogado no gengibre (R$ 41,80).
Mas em qualquer das escolhas, o prato se completa com vários acompanhamentos consistentes: salada verde e de batatas, camarões cozidos, peixe em escabeche e empanado (carapau) e sopa de missô, entre outras coisinhas mais.
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