Mais um restaurante adere à moda de homenagem ao fogo direto, e o faz direitinho: o Lolla Meets Fire.
No ambiente despojado, com janelões mostrando a rua, a cozinha fica visível tanto para quem entra com para quem está na calçada (onde também desponta o vizinho Lollita, com sanduíches para viagem).
Nesta cozinha, a primeira visão é a da grelha, com um forno sobre ela, e, ao lado, dos fornos de defumação (pit) do tipo americano, alimentados a carvão e lenha para cozimentos lentos e esfumaçados.
Deste sai a obra mais vistosa da casa, uma bela costela bovina com osso, de sabor defumado sem exagero, e carne tenra depois de horas de processo. No dia da visita, a peça estava saborosa, mas com excesso de gordura.
Ela teoricamente (e visualmente) serve duas pessoas, e o preço (R$ 98) é bom se você tiver sorte de vir com mais carne. Ainda mais considerando que, como nos grelhados, vêm dois acompanhamentos, sobre os quais vale a pena falar: a farofa é bem torradinha, com aromas de manteiga e cebola (discreta). E a salsa creola é um vinagrete com tiras de tomates que serve como uma boa salada.
Sob o comando do chef Nando Carneiro, também passa pelo pit de defumação o cupim (R$ 57). Já pela grelha, há cortes bovinos como o ancho (R$ 69) e a fraldinha (R$ 67), além de um original assado de tira suíno, que vem sem osso (pena) e, mesmo não estando seco, poderia estar mais suculento (R$ 57).
O menu tem entradas com destaque para a lula recheada com cuscuz de costela defumada e um molho intenso de tinta do animal (R$ 25), além de um belo espeto de camarão, polvo e uma carnuda pancetta (duas unidades, R$ 27).
Algumas porções de acompanhamento para compartilhar têm tamanho suficiente para servirem como pratos individuais (como o arroz de polvo, camarão e conchas, R$ 69). Das duas sobremesas, uma tem sabor bem brasileiro, a tortinha de requeijão baiano, toffee, café e sorbet de banana (R$ 23). O serviço precisa de reforço para dar conta do movimento, que é grande.
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