Uma nova moda está surgindo em São Paulo e, agora, os gatos são a bola da vez. A capital paulista ganhou mais um "cat café", o Gato Pingado, onde os clientes brincam com os bichanos, que também podem ser adotados. Este já é o terceiro aberto só neste ano na cidade —os outros dois são o Gatcha, no Centro, e o Gateria, na Vila Mariana.
Em comum, a história sempre começa com algum "louco dos gatos". Dona de dois bichanos, a farmacêutica Sabrina Rocha sempre conviveu com esses pets e tinha vontade de comandar um negócio próprio. Ela juntou as duas coisas e, no último dia 5, abriu a cafeteria Gato Pingado em um sobrado em Pinheiros.
Um dos três andares da casa é dedicado aos animais: é lá onde moram sete felinos —eram oito, mas um já foi adotado logo na primeira semana de funcionamento. A ideia é que dez moradores ocupem o espaço por vez, num local equipado com mobiliário projetado para eles, com escadas, prateleiras, passarelas e arranhadores, além de um quintal a céu aberto.
O público pode entrar no ambiente para dar carinho e interagir com os bichanos. Para isso, paga-se R$ 30 pela hora, R$ 22 por meia hora ou R$ 12 por 15 minutos. Ali há brinquedos para entretê-los, tapetes e cadeiras de praia para curtir o quintal.
Algumas regras devem ser seguidas, como entrar apenas com meias ou calçar um protetor descartável, lavar as mãos, não tirar fotos com flash e não incomodá-los quando estiverem dormindo. Também é recomendado aguardar que eles mesmos subam no colo. Fora isso, não é permitido comer no local.
Os animais vieram da ONG SOS Gatinhos, responsável pelo cuidado e processo de adoção dos felinos. Quem se interessar em levar um dos gatos para casa é direcionado à organização.
"Quero desmistificar a ideia de que gato é traiçoeiro e não gosta de humanos. O ‘cat café’ incentiva a adoção, porque a pessoa sai do cenário de ONG e tem a oportunidade de ter mais contato com os gatinhos", explica a proprietária.
Devido às normas sanitárias brasileiras, é obrigatório existir um ambiente separado para a alimentação. Por isso o café mesmo fica no térreo, com mesas e balcão próximos a uma parede de vidro, de onde é possível observar os gatos, além de uma varanda pet-friendly na área externa.
No cardápio de bebidas, todos os cafés são apelidados de pingado, feitos com grãos da produtora Café por Elas. O pingado tradicional leva café coado e leite e custa R$ 13; o pingado latte é feito com dois expressos curtos, por R$ 16, e há a opção de pingado com chocolate, por R$ 16.
Para comer, além de salgados e lanches, os bolos são o destaque. As receitas são da mãe de Sabrina, Maria Silva. Entre eles, há o de laranja coberto com calda de açúcar e o bolo da Maria, de massa e calda de chocolate —ambos custam R$ 12.
Já os tostex vêm no formato de uma cara de gato e podem ser recheados com queijo (R$ 22), queijo e doce de leite (R$ 25) ou queijo com mel (R$ 25). As referências aos felinos aparecem também nas tigelas em que são servidos os comes e bebes, que lembram potes de ração, e em copos com uma marca de pata.
Por fim, o andar superior abriga um espaço de coworking, com mesas e salas de reunião equipadas com TVs para serem alugadas por hora ou por dia. A diária custa R$ 55, e o valor dá direito a café pingado à vontade.
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