Conheça 13 locais que preparam café de formas variadas

"Me vê um cafezinho?" não é mais pergunta que se faça em algumas cafeterias paulistanas. Depois do domínio do expresso, diferentes modos de preparo da bebida têm despontado na cidade.

O moderno suporte Hario V60, de café coado, é o novo queridinho das casas especializadas. Mas ainda há outros (muitos) métodos, como o aeropress, a cafeteira italiana, a prensa francesa...

Só no Octavio Café são dez deles --desde os mais simples, como o Ibirik (à moda turca), aos mais espalhafatosos, caso do globinho, que lembra uma engenhoca química.

O "Guia" explica alguns desses métodos e seleciona 13 cafeterias que apostam nessas diferentes formas de preparo.



CAFÉ RAIZ
Os grãos, de marca própria, vêm da região da Alta Mogiana e são levados moídos à mesa em um filtro de tecido preso a um suporte de metal. O café, de sabor suave, custa R$ 6.
De comer: o bolo de cenoura (R$ 6,90 a fatia) tem sabor caseiro e é coberto por uma "montanha" de brigadeiro.
Ambiente: amplo, com mesas espaçadas, tem janelões de vidro e luz amena à noite. Lembra um restaurante.
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CAFEZAL CAFÉS ESPECIAIS
O acolhedor espaço do CCBB não oferece grãos de marca própria. No filtro de papel tradicional, extrai café da Fazenda Pessegueiro (R$ 4,50) e da Arte Café (R$ 4). No suporte da Hario, filtra cafés da Chapadão de Ferro e da Martins (há versões com cardamomo, canela, noz-moscada e anis). Em ambos os casos, o café sai por R$ 5.
De comer: os bolos simples fatias fazem sucesso, como o de coco com queijo (R$ 3,50 a fatia).
Ambiente: foi repaginado em abril e apresenta novo mobiliário. Na área externa, é possível fumar.
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CASA PILÃO
A famosa marca serve o pó nas versões Tradicional, Sabor e Leveza e Intenso nos métodos coador de pano (R$ 11,90), prensa francesa (R$ 11,90) e globinho (R$ 12,90) -todos para duas pessoas.
De comer: prove a tapioca recheada de Nutella (R$ 6,90).
Ambiente: felizmente, fica longe da praça de alimentação do shopping. O espaço é iluminado, arejado, com mesas no salão e na área externa.
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COFFEE LAB
As máquinas de torra de café em pleno salão dão um ótimo aroma à casa de Isabela Raposeiras. Chama a atenção a variedade de grãos brasileiros vindos de microlotes especiais, que sempre variam de acordo com a safra. Além do expresso, a bebida é preparada na prensa francesa, no aeropress e na Hario V60. O preço varia de acordo com o grão escolhido (de R$ 12 a R$ 13).
De comer: para adoçar, o arroz-doce é coberto por chantili aromatizado com café (R$ 10).
Ambiente: no sobrado, o térreo é reservado para a cafeteria, com mesas coletivas e outras menores, rodeadas por cadeiras de madeira. O fácil acesso às tomadas para notebooks e a música baixinha convida quem gosta de trabalhar sentindo cheirinho de café. Um deque com plantas e mesas é outro ponto agradável do local.
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MANJA COFFEE & DELI
No novo espaço do Centro da Cultura Judaica, que fica próximo à estação Sumaré do metrô, o barista Diogo Bianchi prepara cafés com um "blend" desenvolvido por ele com grãos fornecidos pela Pé de Café. Ele prepara a versão filtrada no Hario V60 e a extraída no aeropress, um filtrado com estrutura de expresso. A xícara média da bebida custa R$ 8 em ambos os casos.
De comer: o sotaque judaico da casa pode ser comprovado na bureka de batata (R$ 5), uma rosquinha de massa folhada. Prove também o sanduíche de pastrami no pão integral com pepino, mostarda e folhas (R$ 15).
Ambiente: pouco aconchegante, o café é amplo, com concreto aparente, e possui teto bem alto. No salão envidraçado, são distribuídas mesas comunitárias e outras menores. As cadeiras têm encosto de metal.
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NICECUP
Grãos bourbon e catuaí-amarelo do sul de Minas, torrados e moídos na casa, compõem o "blend" próprio. Ainda não registrado ou no cardápio, o café pode ser coado na Hario V60 desde janeiro (R$ 5,50, 100 ml). A bebida também é feita na prensa francesa (R$ 11, 200 ml).
Para comer: a salada ceasar vem com molho de café (R$ 23).
Ambiente: espaço moderno e aconchegante, com confortáveis estofados vermelhos. Também há poltronas baixas e um deque com aquecedores para as noites frias.
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OCTAVIO CAFÉ
É de Pedregulho (SP) que vêm os grãos. A cafeteria é uma das mais completas da cidade no quesito métodos de preparo: são dez, incluindo raridades, como o soft brew (R$ 18, três xícaras), que resulta em um café leve e de corpo médio. Também há a bebida feita à moda turca (R$ 8,50, duas xícaras grandes). A barista Tabatha Creazo promete disponibilizar nos próximos meses o sistema hand brew (um filtro com trava).
De comer: o local serve pratos elaborados. Para uma "boquinha", prove a rabanada aromatizada com calda de melaço e limão (R$ 18,60).
Ambiente: imponente e pouco intimista. No entanto, as poltronas giratórias de couro promovem um conforto extra. Passou por rápida reforma no fim de 2012 e ganhou novas mesas e área para fumantes.
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SANTO GRÃO (OSCAR FREIRE)
Um "coffee hunter" escolhe os grãos em áreas de Minas (cerrado e sul) e de São Paulo (Alta Mogiana), torrados na própria casa, que formam a mistura da casa. Serve o café coado no filtro no suporte da Hario (R$ 6,90, 120 ml), feito no aeropress (R$ 6,90, 120 ml) e na prensa francesa (R$ 12,50, três xícaras).
De comer: a torta de maçã (R$ 17,50) agrada aos paladares açucarados. O local também tem talento de restaurante.
Ambiente: de iluminação amena, o salão só perde no quesito badalação para a varanda da frente, onde impera o burburinho.
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SCADA CAFÉ (FREI CANECA)
O local aposta em "blends" próprios feitos com grãos de Minas Gerais. O café pode ser provado no coador V6 da Hario (R$ 6, 100 ml).
De comer: cheesecake coberto com calda de frutas vermelhas (R$ 7,90 a fatia).
Ambiente: tem espaço frio, com chão e paredes escuras. O salão é quase todo envidraçado, e dá para olhar o vai-e-vem dos frequentadores do cinema Espaço Itaú.


SOFÁ CAFÉ
Diego Gonzales, engenheiro florestal que virou barista, utiliza os grãos bourbon-amarelo, bourbon -vermelho e catuaí-vermelho das cidades de Mococa (SP) e Ibiraci (MG). A casa promete novos microlotes para este semestre. O café torrado no próprio local é preparado nos métodos coado (na V60 e na chemex), no aeropress e na prensa francesa. Em qualquer um desses métodos, a bebida custa R$ 8 (150 ml).
De comer: o sanduíche de abobrinha e brie enrolado no pão-folha custa R$ 21.
Ambiente: rústico e arejado, tem um gostoso sofá para passar a tarde, ao lado de uma estante com guias de viagem. O quintal é ocupado por plantas e por mesas de madeira.
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STARBUCKS (MOOCA)
É uma das maiores redes de café do mundo e serve a bebida na prensa francesa (R$ 9,30) com grãos provenientes de diversas localidades, como Colômbia, Quênia, Guatemala e Brasil. O café coado no filtro de papel (R$ 4,50 o pequeno), cujos grãos variam diariamente, é mais fraquinho e servido em copo descartável.
De comer: sem muitos arroubos, a cozinha traz beliscos como os muffins, que aparecem em sabores como blueberry (R$ 6,90). Também há pão de queijo (R$ 3,30).
Ambiente: espaço padronizado, com balcão refrigerado de quitutes e bebidas. O serviço é de alto-atendimento, com mesas de madeira.
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SUPLICY CAFÉS ESPECIAIS (AL. LORENA)
A marca seleciona diferentes grãos de café produzidos em fazendas do sul de Minas e do cerrado mineiro em três versões de torra: clara, média e escura. Já o café orgânico é cultivado no Espírito Santo. A bebida é preparada nos métodos prensa francesa (R$ 11,50, para duas pessoas) e na cafeteira elétrica, com filtro de papel (R$ 5,70, 230 ml).
De comer: a empanada de cogumelos (R$ 8,90) é um dos quitutes servidos na casa, além de sanduíches e docinhos.
Ambiente: no espaço moderno da unidade dos Jardins há confortáveis poltronas e fachada envidraçada.
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URBE CAFÉ
A casa indica grãos catuaí-vermelho, do cerrado de Minas, para modos de preparo que não o expresso (neste, usa uma mistura de grãos). Há cerca de um mês, adotou os métodos coado na V6 da Hario e extraído no aeropress, além da prensa francesa. O cafés custam R$ 6,90.
De comer: fazem sucesso o tostex de queijo (R$ 11,90) e o creme de mandioquinha com carne-seca (R$ 18,80).
Ambiente: tem burburinho e música ambiente mais altos que a maioria das casas do gênero -afinal, estamos no Baixo Augusta. Há ainda mesinhas pequenas e outras maiores, rodeadas de poltronas. Os fumantes preferem ficar nas mesas de fora.
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Crédito: Guia Folha/Guia Folha #arteguia
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