Retrospectiva 2020: veja cinco bares e restaurantes que fecharam em São Paulo

Endereços como Pasv, La Frontera e Marcel estão entre os que vão deixar saudade

São Paulo

Mesmo que no finzinho do ano passado já se ouvisse falar do surgimento de um novo vírus do outro lado do mundo, ninguém poderia imaginar que as palavras mais repetidas de 2020 seriam: lave as mãos, passe álcool em gel, vista a máscara e —a campeã de todas— fique em casa.

Já que a recomendação é ainda evitar sair às ruas, o Guia selecionou o que de melhor rolou na cultura e na gastronomia neste ano —mas sem que fosse preciso sair do sofá.

Este foi um ano especialmente difícil para bares e restaurantes da capital paulista. Foram praticamente cinco meses com os salões fechados —e, após a liberação para consumo local, muitas restrições. Teve, é claro, quem conseguiu se virar com o delivery, apoio de clientes fiéis através de financiamentos coletivos, e muita criatividade.

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), cerca de 12 mil estabelecimentos fecharam as portas definitivamente na capital –no estado, foram 50 mil— neste 2020.

Veja, abaixo, cinco importantes endereços que se despediram da cidade este ano.

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Lilu
Não foi a pandemia, mas a especulação imobiliária que forçou o encerramento das atividades da casa do chef André Mifano, em outubro. Localizado em Pinheiros, o imóvel foi comprado por uma construtora. Para 2021, Mifano planeja lançar uma marca nova, num ponto menor. O chef conta que pretende fazer um cardápio acessível durante o dia e um menu degustação para a noite.


La Frontera
Uma das primeiras grandes perdas da gastronomia paulistana causadas pela pandemia, o restaurante teve o encerramento anunciado no início de abril. Comandada por Ana Maria Massochi, o restaurante funcionava nos arredores do cemitério da Consolação com menu de comida sul-americana. O Martín Fierro, casa-irmã de cozinha argentina, se mantém na Vila Madalena.


Marcel
A dificuldade em bancar a operação com o fechamento prolongado na quarentena foi o motivo da despedida de um dos mais tradicionais restaurantes franceses da capital paulista no ano em que completaria o 65º aniversário. O anúncio foi feito em uma nota nas redes sociais, no qual o chef Raphael Despirite afirmou que a casa ainda pretende retornar "no futuro, em um novo formato e outro local." Ele mantém o projeto Fechado para Jantar.


Pasv
Um dos clássicos do centrão, na avenida São João desde 1970, o restaurante oferecia menu farto de receitas brasileiras e espanholas. A crise no restaurante começou antes da pandemia, mas o término definitivo ocorreu em abril. “Eles já queriam fechar há algum tempo. Com a quarentena, teriam que continuar a pagar dez funcionários e gastar as economias”, conta Eduardo Vieira Castromil, filho de José Ares, um dos sócios.


Rede Biroska
Comandados por Lilian Gonçalves, a "rainha da noite", os sete bares do grupo mantinham agitada a vida noturna da rua Canuto do Val, na região central. Desde setembro, três deles foram fechados: Casa dos Artistas, Tudo com Banana e Coconut. A motivação, segundo a empresa, foi o aluguel dos pontos. Os demais endereços — Siga la Vaca, Bar do Nelson, Frango com Tudo e Japan Tower— continuam ativos.

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