Chefs de renome abrem bar, deli judaica e casa de peixes em São Paulo

  Entre as novidades estão o AK, da chef Andrea Kaufmann, e o Sororoca, que tem entre os sócios Thiago Castanho e Marcelo Corrêa Bastos  

São Paulo

As novidades na capital paulista parecem não dar sinal de descanso. Isso inclui nomes conhecidos que abrem novas frentes, mas também o retorno de chefs à cena gastronômica, caso de Andrea Kaufmann que volta às origens com sua deli judaica recém-aberta na Vila Madalena.

Filhote grelhado com salada de feijão-manteiguinha do bar Sororoca
Filhote grelhado com salada de feijão-manteiguinha do bar Sororoca - Kato/Divulgação

Não muito longe dali, em Pinheiros, três chefs de peso se reuniram para abrir o Sororoca, bar que procura explorar a diversidade de peixes no cardápio. São eles: Marcelo Corrêa Bastos (Lobozó e Jiquitaia) Gustavo Rodrigues (Lobozó) e o paraense Thiago Castanho (ex-Remanso do Bosque e Remanso do Peixe).

Outro bar, o Drunks, foi inaugurado no mezanino do Osso, de Renzo Garibaldi, eleita o melhor restaurante de carnes pelo especial O Melhor de São Paulo Gastronomia - Restaurantes, Bares & Cozinha. Veja a seguir.

AK Deli
Aberto há menos de um mês, a AK Deli nasceu para ser só deli mesmo. Ou seja, um lugar que se dedica a comidas para levar. "Mas as pessoas querem sentar e comer", diz a chef Andrea Kaufmann, que foi, então, adicionando mesas ao imóvel ensolarado e moderninho na Vila Madalena.

Quando ela sai da cozinha para o salão, muitos clientes a chamam pelo nome, herança de seus restaurantes anteriores, o AK Vila e o AK Delicatessen —sua primeira casa, dedicada à cozinha judaica, aberta no fim dos anos 2000. Kaufmann volta às origens no novo endereço com receitas mediterrâneas e judaicas, engrossando a comunidade dessa cozinha na cidade.

É, talvez, um pouco improvável que alguém não familiarizado com essa comida peça logo de cara patê de fígado, escabeche de língua ou um latke (panqueca de batata ralada). Mas, aos poucos, há terreno para acrescentar sabores à bagagem, como o de um pepino fermentado na casa ou do lox (o salmão curado que pode ser pedido em sanduíche, servido com bagel, cream cheese, tomate, alcaparra por R$ 56).

Também há pratos que cumprem a mesma função, como o varenique, massa recheada de batata com cebola caramelizada e frita (R$ 54), e sobremesas, como o bolo de nozes, mel e especiarias (R$ 23, fatia).
No final, dá para passar na vitrine que fica no meio do salão e continuar a tarefa de provar sabores em casa, pedindo para levar itens como língua, rosbife e salada de ovos —o espírito da tal da deli.

R. dos Macunis, 440, Vila Madalena, região oeste. @akdelii

Varêniques da AK Deli
Varêniques da AK Deli - Marilia Miragaia/Folhapress

Bar Sororoca
O coração do novo endereço, que funciona há três semanas em Pinheiros, não está exatamente na cozinha, à direita de quem entra na casa de decoração praiana na zona oeste. É nos fundos que fica a peixaria, um cômodo envidraçado onde se limpam, porcionam e armazenam peixes e frutos do mar servidos à mesa —em breve, também serão vendidos para o cliente levar para casa. Além disso, o plano é operar toda a logística dos insumos, comprando direto de quem pesca.

O nome do bar não foi escolhido à toa: a intenção é preparar peixes sazonais e abrir caminho para novas possibilidades, quebrando a predominância de salmões e robalos. A sororoca é um deles, mas há também graçainha, carapau, olho-de-cão e filhote entre os exemplos. O menu enxuto, com cerca de 12 opções que se revezam a depender do que está disponível, tem pratos para serem compartilhados. Está dividido entre frios (buri agridoce com bolinho de arroz, por R$ 28), quentes (caldinho de siri com tucupi, por R$ 24) e brasa (cambucu, por R$ 112), que tem como acompanhamentos cuscuz de farinha d’água (R$ 28) e salada de feijão-manteiguinha (R$ 35).

Os ingredientes usados no Norte do país dão pista do nome de um dos sócios: o paraense Thiago Castanho (ex-Remanso do Bosque) que se uniu a Gustavo Rodrigues (Lobozó) e Marcelo Corrêa Bastos (Lobozó e Jiquitaia). Apesar da comida ter papel central, o lado bar aparece na descontração e no cuidado com as bebidas. A carta de vinhos foi feita por Daniela Bravin e Cássia Campos, do Sede 261, eleito melhor bar de vinhos pelo especial O Melhor de São Paulo. Há também drinques e batidas com frutas brasileiras, como graviola e cupuaçu. Por ora, a casa abre apenas durante os finais de semana.

R. Simão Álvares, 785, Pinheiros, região oeste. @sororoca.bar

Drunks
Inaugurado há menos de uma semana, o bar está localizado no mezanino do Osso São Paulo —eleita a melhor casa de carnes pelo especial O Melhor de São Paulo—, no bairro do Itaim Bibi , na região oeste
O cardápio tem drinques autorais, todos com guarnição de confeitaria, e petiscos de toque japonês. A casa é comandada por Marlon Silva, chef de bar, e por Cassiano Oliveira, chef de cozinha, em parceria com Guilherme Mora, dos restaurantes Osso, Incêndio e Cór.

Na carta etílica, além de descrição de todos os ingredientes, o cliente encontra as características dos drinques, como teor alcoólico, suavidade, amargor, frescor e doçura.Entre os mais suaves está o eu juro que é o último (R$ 52), com blend de runs com manteiga noisette e guarnição de musse de banana e manteiga de cacau. O mr. drunks (R$ 55) usa bourbon de amendoas, mezcal e néctar de maracujá em uma textura terrosa. Para comer, há pedidas como mini-hambúrgueres com maionese de jerez, queijo gouda e picles de repolho roxo (duas unidades, R$ 39). Há também opções vegetarianas.

R. Bandeira Paulista, 520, Itaim Bibi, região oeste. @drunksbrasil

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