iFood é o melhor aplicativo de delivery de São Paulo, segundo ranking da Folha

Plataforma venceu sete de dez categorias avaliadas, como entrega e navegabilidade

São Paulo

Um dos melhores amigos de quem vive na quarentena, senão o melhor, está ali, na tela do celular, a poucos cliques de distância, pronto para satisfazer seus desejos primários mais indulgentes —os aplicativos de delivery.

No mundo das marcas e das empresas, transformar seu nome em sinônimo para o tipo de serviço que presta ou para o produto que entrega é um indicativo de sucesso e um objetivo a ser alcançado.

Para além de cifras, ações e o que mais envolver dinheiro e investimento, chegar a esse ponto significa que aquela marca conquistou seu lugar no vocabulário e, principalmente, no coração do público.

É o caso do iFood, que se tornou sinônimo de delivery para o paulistano, que não raramente diz por aí que vai “pedir um iFood”. A plataforma venceu em 7 das 10 categorias deste ranking e se consolidou como o principal app de entregas entre os avaliados.

A marca brasileira nasceu como uma plataforma mais, digamos, analógica, chamada Disk Cook. Era um guia impresso de cardápios com uma central telefônica para onde o cliente ligava ao fazer o pedido. Em 2010, a jornalista e escritora Barbara Gancia, então colunista deste jornal, chegou a mencionar a companhia em uma coluna publicada na revista sãopaulo.

No texto, ela relata, em tom de brincadeira, uma dificuldade na hora de fazer seus pedidos no Disk Cook, problema que seria enfrentado também por Marília Gabriela, com quem compartilha o vozeirão. “‘O senhor vai pagar em cheque ou cartão?’ Que ‘senhor’ do Egito?”, escreveu à época, reclamando de quando a confundiam com um homem.

Melhorar a experiência dos usuários levou a empresa a migrar para o universo digital, em 2012. Há dez anos, a atual relação simbiótica com os smartphones estava ainda sendo construída. Para ter ideia, o WhatsApp foi criado em 2009, mesmo ano em que a Apple liberou notificações em forma de push no iPhone.

Foi nesse contexto que o aplicativo do iFood nasceu. Se, por anos, encomendar comida por telefone significava receber pizza em casa, em 2012 restaurantes renomados passaram se arriscar no delivery.

Uma reportagem da época publicada na Folha destacava que “do telefone, o delivery passou para a internet”. À época, o iFood tinha cerca de 800 estabelecimentos cadastrados que atendiam a 20 mil pedidos por mês, contra as 7.500 encomendas do Disk Cook —hoje o aplicativo ruma aos 300 mil endereços na lista.

Apesar da boa recepção do público, foi a fusão com outras empresas que deu o corpo que o app tem hoje. Uma das primeiras start-ups brasileiras elevadas ao status de unicórnio —jargão do setor para as que alcançam valor de mercado de US$ 1 bilhão, ou mais de R$ 5 bilhões—, o iFood é responsável por 60 milhões de deliveries por mês no país, segundo dados de março.

Os números são reflexo de um trabalho em várias frentes, o que dá ao consumidor mais do que um leque digital de restaurantes e bares. São cupons de desconto, programas de fidelidade, oportunidade de fazer doações, tudo em um aplicativo fácil de navegar. É verdade que a relação da empresa com restaurantes e entregadores ainda precisa melhorar muito, mas os méritos são inegáveis.

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