Cuscuz paulista ganha 22 versões em festival gastronômico espalhado por SP

Receita integra a agenda de comemoração dos cem anos da Semana de Arte Moderna

São Paulo

Hoje ele até pode não ser considerado o mais bonito dos pratos, mas certamente tem o seu valor para São Paulo. Tanto que até inspirou um evento na capital.

No caso, estamos falando do cuscuz paulista, alçado ao posto de estrela no Festival Gastronômico Modernista, que convidou 22 restaurantes na cidade para apresentar versões da receita. A programação, que vai desta quinta (31) até o dia 30 de abril, usa o prato tipicamente paulista para engordar a agenda de comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

Cuscuz paulista servido no restaurante Tordesilhas; casa participa do Festival Gastronômico Modernista
Cuscuz paulista servido no restaurante Tordesilhas; casa participa do Festival Gastronômico Modernista - Divulgação

Entre as casas participantes, estão endereços como o Balaio IMS, do chef Rodrigo Oliveira, o Bar da Dona Onça, comandado por Janaína Rueda, o Lobozó, de Gustavo Rodrigues, Marcelo Corrêa Bastos e Carlos Alberto Dória, o Tordesilhas, sob a batuta de Mara Salles, o Bar do Luiz Fernandes, com as receitas de dona Idalina, e o Organicamente Rango, da Tia Nice e Thiago Vinícius, entre outros.

Consumido em São Paulo desde pelo menos o início do século 18, o cuscuz paulista não tem uma receita única. Ele é feito de farinha de milho umedecida e preparado ao vapor com os mais diversos acompanhamentos —como frango, carne de porco, sardinha, camarão, ovos cozidos, ervilha e tomate, por exemplo. Os ingredientes também compõem a decoração do prato, que costuma ser servido enformado.

Nas mãos dos chefs convidados, a receita ganha diferentes interpretações. O cuscuz de dona Idalina, do Bar do Luiz Fernandes, na zona norte paulistana, tem camarão refogado e sardinha e é servido em porções individuais (R$ 12).

Do outro lado da capital, na zona sul, Tia Nice prepara uma versão com sardinha, milho e shimeji no Organicamente Rango –custa R$ 9,90 e é acompanhado de salada. Na Vila Madalena, na zona oeste, o Lobozó escolheu o filé de cavalinha (R$ 51). Já na região central, quem for ao Balaio IMS paga R$ 29 por uma versão vegetariana, feita com queijos minas, canastra, de cabra e ricota.

A programação completa pode ser vista na página da Secretaria Municipal de Cultura.

Festival Gastronômico Modernista

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