Jiquitaia dá lugar ao restaurante italiano Stasera em SP, que mantém o bar escondido

Também do chef Marcelo Corrêa Bastos, nova casa aposta em pratos simples e bons drinques

São Paulo

A mudança do badalado restaurante Jiquitaia para o Paraíso, na zona sul de São Paulo, abriu espaço para que o sobradinho que foi sua primeira casa, na região do Baixo Augusta, virasse outro empreendimento —mas sob a batuta do mesmo chef, Marcelo Corrêa Bastos. Assim nasceu o Stasera, numa sociedade que conta ainda com Jean Ponce e Greg Caisley, do Guarita.

Os tons terrosos que davam um clima rústico ao imóvel da rua Antônio Carlos, no centro da capital, deram lugar ao branco, o vermelho e o verde, como a bandeira da Itália, país que guia a cozinha do novo restaurante, aberto há uma semana.

Vitello tonnato do menu do Stasera, novo restaurante do chef Marcelo Correa Bastos
Vitello tonnato do menu do Stasera, novo restaurante do chef Marcelo Correa Bastos - Divulgação

"É uma trattoria moderna", define Nina Bastos, sócia e irmã de Marcelo. "São receitas fáceis, com ingredientes frescos e nacionais. Não é um italiano ao pé da letra", diz.

A proposta aparece em pedidas como a caponata com toucinho, que compõe a seleção de antepastos junto a conservas de abobrinha e de berinjela, tomates assados e azeitonas (R$ 33). Também nos arancini —bolinhos de arroz—, feitos com abóbora e queijo (R$ 35 a porção), e na salada que combina pepinos frescos, coalhada de ovelha e uvas confitadas (R$ 48).

A seção dedicada aos pratos principais lista massas, servidas em porções generosas. Entre as combinações tradicionais estão rigatoni à carbonara (R$ 60), talharim à bolonhesa (R$ 70) e espaguete ao sugo (R$ 60). Mas também aparecem criações como o orecchiette com brócolis e codeguim, um tipo de linguiça italiana, por R$ 65, e o trighetto com abobrinha e camarão moído, que custa R$ 63.

A parceria com o Guarita fica evidente no andar superior do imóvel, onde está o Bar do Stasera —seguindo a tradição do Jiquitaia, que também escondia um bar ali, com drinques e petiscos próprios que se tornaram hit. Até o esquema é o mesmo: o público se divide entre o mesão compartilhado e o balcão, enquanto conversa, come e bebe, em clima mais descontraído do que o do salão.

Assinada por Nina e Ponce, a carta traz coquetéis como penicillin (R$ 38), negroni e fitzgerald (R$ 34 cada um). Também há a caipirinha do Jiquitaia, com caju e limão tahiti, e do Guarita, com cachaça e limão (R$ 29 cada uma). Para comer, há o hambúrguer do porco da casa dos irmãos Bastos, ou o com alho negro de Greg Caisley, por R$ 35 cada um.

Aberto em 2012 onde agora fica o Stasera, o Jiquitaia é um restaurante de comida brasileira contemporânea, que migrou para o Paraíso em 2020. Marcelo, chef da casa e do novo italiano, também atua no Vista, próximo ao parque Ibirapuera, e no Lobozó, na Vila Madalena.

Comandado por Ponce e Caisley, o Guarita nasceu como um bar de drinques e petiscos em Pinheiros. A dupla está por trás ainda de negócios como o Fechado e o Patties.

Nina conta que os quatro são muito amigos. "Um dia, eles vieram perguntar o que a gente ia fazer com esse ponto do centro. Contamos o projeto e eles toparam entrar com a gente", diz. "Achamos que poderia dar uma força para recomeçarmos depois da pandemia."

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