Se, por um lado, o ano de 2022 foi repleto de inaugurações de bares e restaurantes –com o atenuamento da pandemia do coronavírus e a possibilidade de mais clientes saírem para comer e beber–, por outro, algumas casas não aguentaram e tiveram de fechar as portas em São Paulo.
Por diversos motivos –muitos deles relacionados à pandemia– endereços clássicos que marcaram a cena gastronômica e etílica da cidade tiveram de dar adeus à clientela. A noite, por exemplo, ficou menos agitada com o fechamento de lugares como o Alberta3#. O centro da cidade também perdeu um ponto histórico, o Paribar. Teve também quem fechou e abriu de novo, como é o caso do Cemitério dos Automóveis.
Na alçada dos restaurantes, a churrascaria Angélica Grill, também no centro de São Paulo, encerrou suas atividades após 26 anos. Teve ainda clássico árabe mudando de nome e endereço.
Confira detalhes sobre os locais que fecharam em 2022.
RESTAURANTES
Angélica Grill
A churrascaria, conhecida pelos rodízios servidos em um elegante salão decorado em tons de dourado, teve seu fim decretado em agosto, depois de 26 anos de atividade. De acordo com uma publicação do restaurante nas redes sociais, o endereço não resistiu à crise motivada pela pandemia.
Fattoria Ráscal
O projeto de cozinha mediterrânea do Ráscal foi encerrado cerca de dois anos depois de ser inaugurado, em 2020. Localizado no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, a Fattoria deu lugar a uma outra unidade da rede.
Homa
Premiado como um dos melhores restaurantes vegetarianos de São Paulo pelo especial O Melhor de São Paulo, da Folha, o endereço encerrou as atividades após quatro anos, em setembro. Segundo José Barattino, chef da casa, a decisão foi tomada porque o Homa não estava dando os resultados esperados.
Monte Líbano
O clássico restaurante árabe, instalado desde 1973 em um prédio na região da 25 de Março, no centro, tinha sido fechado temporariamente em maio para ressurgir em outro endereço e com outro nome, em Moema, meses depois. Mas os planos não deram certo e o endereço agora funciona apenas como delivery.
Naia
Após apenas um ano de funcionamento, o restaurante de frutos do mar comandado pelo chef Tuca Mezzomo encerrou as atividades. O gaúcho anunciou que dedicaria o trabalho ao seu outro restaurante, o Charco, premiado neste ano como um dos melhores da América Latina.
Oregon
Mais uma vítima da especulação imobiliária, a hamburgueria tradicional, que funcionava desde a década de 1960, fechou as portas em fevereiro, após o prédio que ela ocupava, em Pinheiros, ter sido vendido a uma incorporadora.
BARES
Alberta #3
A balada, que tinha uma das pistas subterrâneas mais conhecidas da capital, encerrou suas atividades em janeiro deste ano, após 12 anos de funcionamento. O que fez o espaço localizado na avenida São Luís, no centro, fechar as portas foi a incerteza gerada pela pandemia, que fez o movimento cair. Em abril de 2021, a casa chegou a fazer uma campanha de financiamento coletivo, com a meta de arrecadar R$ 93 mil em 40 dias e conseguir manter as portas abertas. O valor, porém, não foi alcançado.
Flua
O bar de vinho, que abriu em janeiro de 2021, durante a pandemia, tinha o intuito de tornar o vinho mais popular, com preços acessíveis. O ambiente ocupava a garagem da sommelière Lua Sampaio e fechou as portas. Agora, Sampaio faz conteúdos sobre vinhos na internet, enquanto não encontra outro espaço para abrir seu bar.
Marola Bar
O bar de estilo praiano que ficava na rua dos Pinheiros fechou em outubro deste ano, seis meses após a inauguração. A casa, aberta em abril, era dos mesmos sócios do Exquisito e da Ciao Pizzeria Napolitana, próximo a rua do Pinheiros.
Paribar
O endereço histórico da boemia paulistana fechou as portas em setembro deste ano. Localizado na praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo, foi considerado o primeiro lugar a colocar mesas e cadeiras na calçada. O bar estava sendo comandado por Luiz Campiglia havia 17 anos, que disse que um dos principais motivos para o fechamento do bar é a atual violência na região.
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