Uma das chefs mais prestigiadas da gastronomia de São Paulo, Bel Coelho anunciou neste fim de semana o fim das atividades do restaurante Clandestino na Vila Madalena. O motivo: a quarentena imposta pelo novo coronavírus.
Em uma longa postagem nas redes sociais, Bel explicou entre outras coisas que o "sem abrir e com uma receita em 15% da média anterior à pandemia, não consegui segurar as pontas" —a cozinha do Clandestino funcionou ali por sete anos. "Foram muitos clandestinos, cantos da Bel, jantares e alegrias vividas naquele beco", recordou a chef. "O Clandestino nasceu em casa, mudou-se para o extinto Dui e teve seu período mais longo ali naquele canto. Ele não fechou, nem fechará até eu me aposentar, mas faz uma pausa enquanto aglomerações representarem uma ameaça à nossa saúde", completou.
A partir desta segunda (6), restaurantes foram autorizados a reabrirem o salão na capital de São Paulo. A volta gradativa acontece com horário reduzido e sob várias condições de higienização e distanciamento social.
Nos últimos tempos, o Clandestino funcionava como um restaurante sazonal, que valorizava os biomas brasileiros, marca da chef, em menus especiais.
De acordo com Bel Coelho, o restaurante deve voltar a funcionar em novo endereço e com novo menu. Além disso, ela vai manter a consultoria para o café da Megafauna, livraria no térreo do edifício Copan, na região central, que tem Fernanda Diamant, curadora da Flip, como uma das sócias. O espaço iria abrir em março, mas ainda está fechado devido à pandemia.
"Continuarei fazendo deliveries frequentes, lives, eventos e aulas online da cozinha da minha própria casa", salienta na postagem. Quem quiser receber o menu semanal de delivery, pode se cadastrar no mailing da chef pelo e-mail contato@clandestinorestaurante.com.br.
O Clandestino se junta a outras tradicionais casas que também fecharam seus estabelecimentos devido ao isolamento, como Abu-zuz, La Frontera, Pasv, Mandíbula e Cateto.
Comentários
Ver todos os comentários