Pintor autodidata considerado um dos expoentes do modernismo no Brasil, o artista plástico Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) vai ser homenageado a partir deste sábado (2) com uma retrospectiva que reúne, na Pinacoteca, obras pertencentes a acervos nacionais e internacionais.
Além de conferir quadros raros, como "Samba" (1927), que pertenceu ao diplomata mexicano Luís Quintanilha e ficou fora do Brasil por quase 80 anos, o público será apresentado a charges e ilustrações que revelam áreas de atuação pouco conhecidas do artista. Cerca de 200 obras estarão expostas no museu.
A ambiguidade no título da mostra, "No Subúrbio da Modernidade", sugere a missão e o incômodo de Di Cavalcanti: especialista em retratar o subúrbio das prostitutas e dos malandros, indignava-se com o espaço periférico que o Brasil ocupava no meio artístico.
A atuação política do carioca também é destacada na exposição. De acordo com o curador da mostra, José Augusto Ribeiro, ao fugir da representação do trabalhador como homem forte, o artista lutou para dar voz aos oprimidos.
"Ao retratar o operário deitado, Di Cavalcanti reivindica o direito ao descanso e à greve", diz.
Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, região central, 3324-1000. Seg. e qua. a dom.: 10h às 17h30. Até 22/1. Livre. Abertura 2/9, 10h. Ingresso: R$ 6. Maiores de 60 anos, menores de 10 anos e sábado: GRÁTIS
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