Famosa em vida, mas relativamente esquecida após sua morte, em 1979, Djanira da Motta e Silva ganha sua maior exposição monográfica desde os anos 1970 a partir desta sexta (1º), no Masp.
A mostra busca justamente resgatar a produção da artista, afiliada à segunda fase do modernismo brasileiro e conhecida por pinturas, gravuras e painéis que reproduzem cenas da cultura popular brasileira, entre manifestações religiosas e sociais.
De origem humilde —ela trabalhou em lavouras e no comércio ambulante antes de iniciar seus estudos em pintura, nos anos 1930, de forma autodidata— e engajada politicamente, Djanira também centrou parte de sua produção no tema do trabalho, e retratou de trabalhadores rurais a operários fabris em todo o país.
O assunto é um dos que norteiam a curadoria de Isabella Rjeille e Rodrigo Moura em “Djanira: a Memória de Seu Povo”. Dividida em temas e organizada cronologicamente, a mostra reúne cerca de 70 obras produzidas pela artista ao longo de quatro décadas.
A retrospectiva inaugura o programa do museu este ano, Histórias das Mulheres, Histórias Feministas, que contará ainda com monografias de Tarsila do Amaral e Lina Bo Bardi, entre outras.
PRÓXIMAS EXPOSIÇÕES NO MASP
Tarsila Popular
5/4 a 28/7
Em geral considerada parte da tradição modernista europeia, a mostra seleciona cerca de 120 trabalhos para propôr uma nova abordagem da produção da artista, enfatizando sua aproximação com a arte popular
Lina Bo Bardi: Habitat
5/4 a 28/7
Produzida em conjunto com o Museo Jumex, na Cidade do México, e o Museu de Arte Contemporânea de Chicago, a exposição panorâmica revisita os principais projetos da arquiteta ítalo-brasileira, responsável, entre outros, pelo próprio prédio do Masp
Histórias das Mulheres, Histórias Feministas
23/8 a 17/11
A coletiva é divida em duas grandes partes. Em Histórias das Mulheres, são expostas obras do século 16 ao final do século 19. Já em Histórias Feministas, o foco são artistas contemporâneas de múltiplas nacionalidades que discutem o feminismo em sua produção
Leonor Antunes
13/12 a março de 2020
As esculturas da portuguesa, que dialogam com a arquitetura, o artesanato e o design, ocuparão, além do Masp, a Casa de Vidro, ambos projetos de Lina Bo Bardiernismo
Gego
13/12 a 1/3/2020
Fruto de uma parceria entre instituições de três países diferentes —Fundação Jumex, do México, Museu de Arte Contemporâneo de Barcelona (MACBA) e a Tate Londres—, a mostra abrange meio século de produção de Gertrude Goldschmidt, a Gego. Refugiada do nazismo na Venezuela, ela foi das artistas mais significativas a emergir no pós-guerra na América Latina.
Masp - Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959. Ter.: 10h às 19h30. Qua. a dom.: 10h às 17h30. Abertura sex. (1º). Até 19/5. Livre. Ingr.: R$ 40. Ter.: grátis. Ingr. p/ masp.org.br.
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