Instalação de Joseph Beuys que bombeia mel é centro de mostra na Pinacoteca

Obras de artistas como Hélio Oiticica, Maurício Ianês, Mônica Nador integram mostra

São Paulo

Joseph Beuys foi um dos artistas mais influentes do século 20 e voz política poderosa na Alemanha do pós-guerra. Morto aos 64 anos, em 1986, o alemão é o centro da mostra “Somos Muit+s: Experimentos sobre Coletividade”, que abre neste sábado (10), na Pina_Luz. 

Uma das apostas do espaço para este ano, a exposição reúne obras de Beuys que dialogam com a de outros artistas, como de Hélio Oiticica, Maurício Ianês, Mônica Nador e Jamac, o Coletivo Legítima Defesa, Tania Bruguera, Rirkrit Tiravanija e Vivian Caccuri.

Ali, todos os presentes imaginam outros futuros e têm ligações com questões sociais e ambientais, temas caros ao artista alemão.

A instalação que comporta uma bomba de mel é uma das mais proeminentes de Beuys e integra a mostra. Apresentada pela primeira vez na Documenta 6, em 1977, a obra bombeava toneladas de mel por tubos de plástico. O alemão via no mel uma metáfora do produto do trabalho coletivo e a circulação do material, uma alusão ao fluxo da humanidade e da sociedade.

Além do alemão, cada artista propõe algum tipo de interação com sua obra. Ianês, por exemplo, usa o próprio corpo como matéria-prima e, na exposição, recebe os visitantes para um café ou a criação de um desenho. 

Pina_Luz - Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, tel. 3324-1000. Seg. e qua. a dom.: 10h às 17h30. Até 28/10. Livre. Abertura: sáb. (10), às 11h. Ingr.: R$ 10. Menores de 10, maiores de 60 anos e sáb.: grátis.

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