Mostra na Pinacoteca celebra 120 anos de Di Cavalcanti com 200 obras do artista

"Bordel", de Di Cavalcanti, que estará exposta na mostra da Pinacoteca.
"Bordel", de Di Cavalcanti, que estará exposta na mostra da Pinacoteca. - Isabella Matheus/Divulgação


Pintor autodidata considerado um dos expoentes do modernismo no Brasil, o artista plástico Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) vai ser homenageado a partir deste sábado (2) com uma retrospectiva que reúne, na Pinacoteca, obras pertencentes a acervos nacionais e internacionais.

Além de conferir quadros raros, como "Samba" (1927), que pertenceu ao diplomata mexicano Luís Quintanilha e ficou fora do Brasil por quase 80 anos, o público será apresentado a charges e ilustrações que revelam áreas de atuação pouco conhecidas do artista. Cerca de 200 obras estarão expostas no museu.

A ambiguidade no título da mostra, "No Subúrbio da Modernidade", sugere a missão e o incômodo de Di Cavalcanti: especialista em retratar o subúrbio das prostitutas e dos malandros, indignava-se com o espaço periférico que o Brasil ocupava no meio artístico.

A atuação política do carioca também é destacada na exposição. De acordo com o curador da mostra, José Augusto Ribeiro, ao fugir da representação do trabalhador como homem forte, o artista lutou para dar voz aos oprimidos.

"Ao retratar o operário deitado, Di Cavalcanti reivindica o direito ao descanso e à greve", diz.

Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, região central, 3324-1000. Seg. e qua. a dom.: 10h às 17h30. Até 22/1. Livre. Abertura 2/9, 10h. Ingresso: R$ 6. Maiores de 60 anos, menores de 10 anos e sábado: GRÁTIS

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