No mundo polarizado do pós-Guerra, o artista alemão Sigmar Polke (1941-2010) conseguiu, em uma tacada só, criticar ambos os lados do muro. No nome, seu realismo capitalista provocava o realismo socialista, corrente artística oficial do bloco comunista; e, na prática, agia como uma "pop art" crítica ao consumismo norte-americano.
Em cartaz a partir desta sexta-feira (28) no Masp (centro de São Paulo), a exposição "Realismo Capitalista e Outras Histórias Ilustradas" traz 250 obras de Polke --entre gravuras, pinturas e colagens--, produzidas entre 1963 e 2009.
É a primeira mostra internacional do artista após a sua morte, no ano passado, aos 69 anos. "A mostra funciona como um arquivo no qual pode se ter uma visão geral da produção gráfica de Polke", diz a curadora, Tereza Arruda.
A seleção de trabalhos, diz Tereza, reafirma um laço existente entre Polke e o Brasil: foi aqui que ele ganhou o primeiro prêmio internacional, na Bienal de SP, em 1975.
Comentários
Ver todos os comentários