O artista plástico cearense Sérvulo Esmeraldo, ainda ativo aos 85 anos, é tema de retrospectiva em cartaz no Instituto de Arte Contemporânea (IAC) até 6/12.
Intitulada "O Arquivo Vivo de Sérvulo Esmeraldo", a mostra resgata cerca de 150 itens, entre estudos, gravuras, desenhos, relevos, matrizes e maquetes, escolhidos sob curadoria do crítico de arte Ricardo Resende.
Gratuito, o evento fica em cartaz até 6/12 de segunda a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 16h.
Escultor, gravurista, ilustrador e pintor, Esmeraldo compõe, ao lado de nomes como Amilcar de Castro, Sergio Camargo e Willys de Castro, o núcleo duro das expressões geométrica e construtivista nas artes plásticas brasileiras.
A fama o valorizou no exterior, onde obras suas foram vendidas por valores vultosos.
Esmeraldo é um dos muitos nomes que viram sua produção se consolidar e ganhar reconhecimento após a primeira Bienal de São Paulo, realizada em 1951.
Além de realçar o caráter multidisciplinar da produção do artista, o conjunto em cartaz no IAC tem outro atrativo: ficou guardado –e, portanto, longe da observação popular– durante cerca de 40 anos no ateliê do artista e amigo argentino Júlio Le Parc, em Paris, onde Sérvulo viveu e trabalhou por mais de vinte anos após sair do Brasil em 1957.
Os trabalhos revelam os frutos do convívio intelectual e artístico que Esmeraldo estabeleceu nessa época com colegas como Vicente do Rego Monteiro, Lygia Clark, Sérgio de Camargo, Frans Krajcberg, Arthur Luiz Piza, Flávio Shiró e Rossini Perez.
Destaque para as diversas matrizes de gravuras em chapa de metal, que serviram de base para trabalhos posteriores no campo da arte geométrica. Também vale dar atenção aos projetos dos célebres livros-objetos, suporte artístico inovador introduzido na década de 1970.
11h05
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