O Itaú Cultural (zona oeste de São Paulo) inaugurou neste sábado (13) o novo Espaço Olavo Setúbal.
O ambiente de dois andares no prédio que sedia a instituição, na avenida Paulista, foi reformado para abrigar exposições permanentes que focam acervos de imenso valor artístico e histórico.
Juntas, as coleções Brasiliana e Numismática somam mais de dez mil obras, em especial pinturas, gravuras e joias de arte.
Desse total, foram selecionados cerca de 1.300 itens para esta mostra, que já percorreu outros museus.
A seleção cobre período amplo, da chegada dos europeus e dos primeiros registros de fauna e flora locais, nos séculos 16 e 17, até registros do fim do século 20.
A exposição foi dividida em nove módulos norteados por assuntos e períodos históricos, mas não necessariamente encadeados cronologicamente.
O espaço funciona de terça a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, das 11h às 20h. O evento é permanente e a entrada é gratuita.
Conheça, a seguir, alguns destaques de cada acervo.
Coleção Brasiliana Itaú
Com quase mil itens pinçados pelo curador Pedro Correa do Lago, a coleção Brasiliana apresenta pinturas, desenhos, aquarelas, gravuras, mapas, documentos, livros e caricaturas, entre outros, que retratam o país desde a chegada dos colonizadores, cobrindo cinco séculos de história.
Entre os destaques, chamam a atenção o retrato de Dom Pedro 2º, em 1846, feito por Johann Moritz Rugendas (1802-1858), e o óleo sobre madeira "Povoado numa Planície Arborizada", produzido pelo holandês Frans Post (1612-1680) entre 1670 e 1680 –foi a primeira peça adquirida por Olavo Setúbal (1923-2008).
Há também muitas gravuras de nomes como Chamberlain, Auguste Sisson, Bertichem e Emil Bauch, creditados pelas primeiras reproduções das paisagens do país.
Coleção Itaú Numismática
O foco da coleção Numismática são moedas, medalhas, barras de ouro e condecorações criadas desde a entrada dos portugueses até os dias atuais.
O curador Wagner Porto pinçou itens como moedas holandesas, as primeiras cunhadas em território brasileiro, em 1645 e 1646, no Recife, durante a invasão da Holanda no nordeste do país.
Também chamam a atenção as condecorações imperiais Ordem do Cruzeiro (1822), em prata dourada e esmalte, e Ordem da Rosa (1829), em ouro, prata, crisólitas, esmalte e fita.
Entre as raridades, vale citar o ensaio Terra de Santa Cruz, cunhado em 1695 na então recém-fundada Casa da Moeda da Bahia.
Na ocasião, foram exibidos três modelos de moedas no valor de 640 réis, mas o projeto não foi aprovado –há dois exemplares conhecidos no mundo.
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