A 32ª edição da Bienal de São Paulo foi apontada pelo júri convidado pelo "Guia" como a melhor exposição realizada na cidade em 2016.
A mostra somou 11 pontos e ficou à frente das montagens "Calder e a Arte Brasileira", no Itaú Cultural, e "No Lugar Mesmo: Uma Antologia de Ana Maria Tavares", na Pinacoteca, que receberam 6 pontos cada uma. Outras duas mostras ficaram empatadas no 3º lugar: as Ocupações do Itaú Cultural e "Mondrian e o Movimento De Stijl", no CCBB. Veja abaixo os votos que cada um recebeu.
Sob o tema "Incerteza Viva", a 32ª Bienal de São Paulo foi encerrada no dia 11 de dezembro com um público de aproximadamente 900 mil pessoas, configurando a maior visitação em mais de uma década.
A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.
Na eleição feita entre os leitores, quem se deu melhor entre as exposições de 2016 foi "O Mundo de Tim Burton", no MIS, que teve 35% dos votos.
1º lugar (11 pontos): 32ª Bienal de São Paulo - Incerteza Viva
2º lugar (empatados com 6 pontos): "Calder e a Arte Brasileira" e "No Lugar Mesmo: Uma Antologia de Ana Maria Tavares"
3º lugar (empatados com 2 pontos): Ocupações do Itaú Cultural e "Mondrian e o Movimento De Stijl"
- Antonio Santoro Jr., professor e crítico da APCA
1º lugar: 32ª Bienal de SP - Incerteza Viva. Ousou nas mudanças formais e físicas da ocupação do espaço e indagou: arte e cultura ou arte/cultura?
2º lugar: "No Lugar Mesmo: Uma Antologia de Ana Maria Tavares". Sensações controversas de liberdade no espaço e claustrofobia; liberdade vigiada e perigo iminente
3º lugar: "Portinari Popular". Portinari é o eterno mestre da pintura brasileira. Em qualquer época ou local, é importante ver e rever suas obras
Pior do ano: A morte de Ferreira Gullar, poeta, escritor, artista, crítico de arte, um pensamento eclético
- Celso Fioravante, editor do Mapa das Artes
1º lugar: 32ª Bienal de SP. Será difícil alcançar o paradigma de qualidade imposto por Jochen Volz ao evento
2º lugar: Ocupações do Itaú Cultural. Justiça seja feita aos grandes nomes do país! No céu, no mar, na terra! Canta o Brasil!
3º lugar: "Portugal Portugueses". Mais um mérito do gigante Emanoel Araújo. A África, o Brasil e Portugal agradecem!
Pior do ano: A extinção do Ministério da Cultura, por poucos dias, é mais um capítulo na biografia negra de Michel Temer
- Fabio Cypriano, crítico da Folha
1º lugar: 32ª Bienal de SP. Abordou as diversas crises atuais de forma sensível, apostando no experimental
2º lugar: "No Lugar Mesmo...". A artista transformou a Pinacoteca de forma radical com sua obra que trata da arquitetura, genial
3º lugar: "Arte a Mão Armada". Apresenta a carreira de Carmela Gross em um conjunto que mostra como poética e política se complementam
Pior do ano: A fixação do Masp em repetir tudo o que Pietro e Lina Bo Bardi faziam sem sentido crítico
- Mariana Marinho, repórter de exposições do "Guia"
1º lugar: "Calder e a Arte Brasileira". Faz flutuar parecer simples e possível
2º lugar: 32ª Bienal de SP. Sensível ao tratar de crises, feliz ao dar voz às artistas mulheres
3º lugar: "No Lugar Mesmo...". Radical ao transformar o espaço do museu
Pior do ano: não citou
- Silas Martí, repórter de artes visuais da "Ilustrada"
1º lugar: "Calder e a Arte Brasileira". Juntos, os mestres do neoconcretismo e Calder revelam uma afinidade acachapante
2º lugar: "Mondrian e o Movimento De Stijl". Mestre das vanguardas geométricas revela matriz cerebral e sedutora de sua obra
3º lugar: "No Lugar Mesmo...". Reinventando o espaço do museu, a artista ataca os horrores da pós-modernidade
Pior do ano: não citou
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
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