Jean-Michel Basquiat nasceu negro, pobre e filho de imigrantes em Nova York. Fugiu de casa antes de completar o ensino médio e vendeu desenhos por US$ 50. Morreu aos 27 anos, vítima de overdose, como expoente do neoexpressionismo americano e como um dos únicos negros a furar o bloqueio de uma arte que dava destaque prioritariamente a homens brancos.
Notório, em um primeiro momento, pela arte que produziu na rua, como grafiteiro, e mais tarde pelos desenhos e pinturas, o artista ganha retrospectiva que marca os 30 anos de sua morte, no CCBB, a partir de quinta (25).
Os 80 desenhos, pinturas e objetos que compõem a exposição buscam trazer um panorama da trajetória do artista. Algumas das obras, como "Thin Lips", de 1984/85, foram assinadas em parceria com outro famoso artista americano, Andy Warhol (1928-1987), de quem Basquiat era amigo.
Também estarão expostas as pinturas "The Field Next to the other Road", de 1981, e "Heart Attack", de 1984, também produzida em conjunto com Andy Warhol.
O artista era conhecido por produzir com suportes e recursos simples: usava papel e incrementava as obras com colagens e a combinação de imagens do corpo humano e palavras.
Apesar de ter alcançado a fama, Basquiat não chegou a ver os frutos milionários de sua arte, que questionava o espaço do negro e o capitalismo. Em maio de 2017, um quadro seu foi leiloado por US$ 110,5 milhões. Em 1984, o mesmo trabalho foi comprado por US$ 19 mil.
CCBB - R. Álvares Penteado, 112, Centro, região central, tel. 3113-3651. Seg. e qua. a dom.: 9h às 21h. Até 7/4. Livre. Abertura 25/1. GRÁTIS
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