Mestre da azulejaria, Athos Bulcão é homenageado em mostra no CCBB

Com curadoria de Marília Panitz e André Severo, a exposição apresenta cerca de 300 obras do artista

São Paulo

Ao contrário de parte dos artistas, cujas obras estão sob a guarda de museus e galerias de arte, o carioca Athos Bulcão (1918-2008) tem  seus trabalhos expostos nas ruas, aos olhos de todos. Seus murais, criados muitas vezes com padrões geométricos, podem ser vistos nas paredes de diversos prédios públicos de Brasília e muitas vezes aparecem como pano de fundo de cenas do noticiário político nacional.

No centenário de seu nascimento, o mestre da azulejaria que aproximou arte e arquitetura terá suas obras transportadas para dentro do prédio do CCBB, que inaugura, na quarta (1º/8), a mostra “100 Anos de Athos Bulcão”.

Com curadoria de Marília Panitz e André Severo, a exposição homenageia o artista com um panorama de sua carreira com cerca de 300 obras, algumas inéditas, produzidas entre 1940 e 2005. Realizada pela Fundação Athos Bulcão, sediada em Brasília, a exposição já esteve na capital do país e em Belo Horizonte e, depois da temporada em São Paulo, que vai até 15/10, segue para o Rio.

Além dos tradicionais azulejos que lhe garantiram fama e parcerias com arquitetos como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, a mostra exibe desenhos, pinturas, fotomontagens, capas de revistas, cenários de peças de teatro e até lenços e figurinos para óperas criados pelo artista.

Divididas em oito núcleos, as obras são dispostas pelo espaço expositivo em ordem cronológica. Elas retratam desde a fase em que Bulcão atuou como pintor figurativo, nos anos 1940, até obras de artistas contemporâneos influenciados por seu trabalho, como Elder Rocha e João Angelini.

O público é convidado também a conhecer a trajetória do artista, que trabalhou como assistente de Cândido Portinari e foi um dos responsáveis por criar a identidade visual de grande parte dos prédios públicos de Brasília nos anos 1960, ao lado de Niemeyer e Costa. 

R. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. Seg. e qua. a dom.: 9h às 21h. Até 15/10. Livre. Abertura 1º/8. culturabancodobrasil.com.br. GRÁTIS

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