Exposição na Caixa Cultural SP incita visitante a aguçar 4 dos seus sentidos

A não ser que um visitante tenha carregado demais no perfume, apenas o olfato ficará de fora

"Iceberg", do artista Flavio Cerqueira. Obra é parte da da exposição "Arte pra Sentir", em cartaz de 4 de agosto a 30 de setembro na Caixa Cultural São Paulo
"Iceberg", do artista Flavio Cerqueira. Obra é parte da da exposição "Arte pra Sentir", em cartaz de 4 de agosto a 30 de setembro na Caixa Cultural São Paulo - Rômulo Fialdini/Divulgação
São Paulo

A Caixa Cultural São Paulo inaugura neste sábado (4) a exposição “Arte Pra Sentir”, que vai incitar o visitante a usar 80% de seus sentidos, permitindo-lhe que veja, sinta, ouça e até deguste as obras que estarão ali a seu alcance.

Criadas por seis artistas brasileiros, as experiências estéticas presentes na mostra exigirão muito mais do que o simples olhar para serem percebidas. Que o visitante, além da visão, lapide bem o tato, a audição e o paladar para percebê-las.

A provocação direta e a transposição dos limites perceptivos foram o ponto de partida para a curadora Isabel Sanson Portella convidar os artistas Carolina Ponte, Ernesto Neto, Flavio Cerqueira, Floriano Romano, Pedro Varela e o coletivo carioca Opavivará!, formado por cinco artistas.

Algumas das obras já são conhecidas do público, mas boa parte foi criada especialmente para esta exposição. 

O coletivo Opavivará!, por exemplo, apresenta a obra “Fonte de Refresco”, formada por seis refresqueiras contendo líquidos nas cores primárias e secundárias que podem ser consumidos pelo público.

Obra "Fonte de Refresco", do coletivo "OpaVivará!", é parte da exposição Arte pra Sentir, em cartaz de 4 de agosto a 30 de setembro na Caixa Cultural São Paulo
Obra "Fonte de Refresco", do coletivo "OpaVivará!", é parte da exposição Arte pra Sentir, em cartaz de 4 de agosto a 30 de setembro na Caixa Cultural São Paulo - Divulgação

Além das peças sensoriais, a exposição conta com recursos de sinalização, audioguias, audiodescrição e informações em braile sobre todas as obras expostas.

Ao imaginar a exposição, a curadora Isabel Portella quis convocar um feixe de sentidos para a produção de novos comportamentos. “A ação participativa se dá quando o artista amplia suas intervenções, proporcionando novos modos de perceber. Desse modo, o espectador abandona uma atitude de contemplação e passa a ter uma atitude mais ativa e criadora”. 

Logo após a abertura da mostra, às 11h, haverá uma visita guiada com a curadora, que, às 14h, fará uma palestra sobre arte sensorial.

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