Polêmico artista chinês retrata violência política e social

Crédito: Alexander Ochs Galleries Berlin / Beijing
Yang Shaobin representa em pinturas e desenhos violência política e social do mundo

A inquietação política e social do artista chinês Yang Shaobin tem provocado polêmica nas artes plásticas na última década. Depois de passar pela Europa e América do Norte, sua mensagem chega ao Brasil com a exposição "Primeiros Passos, Últimas Palavras", que estreia no Masp (Museu de Artes de São Paulo), no centro da capital paulista, em 13 de agosto.

Sob a curadoria de Tereza de Arruda e seu galerista Alexander Ochs, a mostra apresenta 50 pinturas sobre tela e desenhos sobre papel produzidos entre 1996 e 2009. Algumas das obras são inéditas.

Através de rostos deformados, corpos pintados em vermelho-sangue, Shaobin registra policiais, chefes de Estados e outras personalidades políticas e sociais, com a intenção de representar a violência contemporânea.

Entre os destaques estão "Rosto Forte", de 2009, que mostra a agressão que Martin Kippenberger sofreu por parte de um grupo de punks em Berlim, em 1979, e "Quem", de 2006, que remete facetas conhecidas do ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein. Há também trabalhos com a imagem de Fidel Castro --são imagens divulgadas pela imprensa em suas últimas aparições públicas, traçando um paralelo entre a fragilidade dos corpos e o fracasso dos regimes. Relacionada a seu país de origem, há uma série em que retrata trabalhadores das minas de carvão chinesas, a 800 metros abaixo da superfície terrestre.

Av. Paulista,1.578, Bela Vista, região central, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3251-5644. Até 18/10. Ter. a dom. e fer.: 11h às 18h; qui.: 11h às 20h. Ingr.: R$ 15; estudantes pagam R$ 7; gratuito até 10 anos e acima de 60 anos. Às terças-feiras a entrada é gratuita para todos. Classificação etária: livre.

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