Vik Muniz não sai de cena. Além de estar em foco no filme "Lixo Extraordinário", de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim, que concorreu ao Oscar de melhor documentário no último domingo (27), o paulista estreia a exposição "Relicário", no Instituto Tomie Ohtake (zona oeste de São Paulo).
A partir de quarta-feira (2), o público poderá conferir 30 esculturas, parte delas produzida nas décadas de 1980 e 1990, que recriam objetos do cotidiano com materiais que vão de detritos a metais nobres.
A essas peças junta-se uma série de fotografias de flores artificiais, captadas e catalogadas por Vik Muniz com rigor científico, cujo registro lembra imagens do século 19.
Famoso por seus trabalhos fotográficos, como a série no aterro sanitário exibida no filme "Lixo Extraordinário", a mostra revela uma faceta desconhecida de Muniz, marcada por humor, sarcasmo e um tom lúgubre. Essa nova estética aparece nas obras "Caveira de Palhaço" e "Fetiche de Pregos", ambas de 2010.
"O conjunto dos relicários confere à exposição uma narrativa muito própria, quase como um cenário", diz Diego Matos, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do instituto.
Comentários
Ver todos os comentários