Cover de Elvis destaca altos e baixos da exposição do Rei do Rock em SP

Muitos eventos homenagearam os 35 anos sem o Rei do Rock, mas a exposição "The Elvis Experience", que fica em cartaz até domingo (dia 2/12) no shopping Eldorado (zona oeste de São Paulo), é uma das maiores realizadas e a primeira fora dos EUA.

Crédito: Divulgação
Na foto, o ator e apresentador Fábio Cadôr (à dir.) aparece como Elvis Presley, ao lado de Rodrigo, cover de Michael Jackson

Com mais de 500 itens no acervo, é possível ter contato com uma quantidade incrível de objetos pessoais, documentos, veículos e até os famosos "jumpsuits" (macacões exclusivos usados nos shows na década de 70).

A exposição, que é dividida em salas que tentam reproduzir as diferentes fases da vida do cantor de forma cronológica, busca levar o visitante a uma experiência sensorial, misturando a tematização cenográfica com os objetos do acervo e recursos audiovisuais.

Suas músicas, fotos e vídeos em grandes painéis impressos, telões de LED, TVs e pequenos monitores ajudam a dar vida aos objetos usados pelo astro.

Também é possível cadastrar seu perfil do Facebook, logo na entrada, e fazer "check-in" nos ambientes da exposição com seu crachá de visitante.

Informe-se sobre o evento



ENTRADA
Na primeira sala você assiste a uma edição de vídeos e fotos ao som do hit "Suspicious Minds", com imagens de momentos da carreira e da vida pessoal de Elvis. O filme é muito bem feito e conduz à emoção do que vem pela frente.

INFÂNCIA
Tupelo onde nasceu e Memphis onde passou a adolescência. Essa área mostra suas origens e algumas curiosidades, como boletim escolar, fotos com os pais e os primeiros contratos da carreira.

SUN RECORDS
O ambiente reproduz a gravadora do seu primeiro sucesso, "That's All Right". Estão expostos "singles" originais em vinil (45 RPM).

CORONEL TOM PARKER
Reprodução da sala de Thomas Parker, que foi o agente que acompanhou Elvis até seus últimos dias, com objetos de seu escritório, contratos e prêmios.

Crédito: Fábio Cadôr/Arquivo Pessoal
Réplicas de Elvis Presley em vários momentos da carreira (foto) estão expostas na parte final da mostra, onde fica a lojinha

ELVIS NA TV
Este ambiente caracteriza estúdios de TV da época, com imagens da participação de Elvis no "The Ed Sullivan Show", onde conseguiu ficar ainda mais popular a cada aparição. Destaque para as guitarras usadas por Elvis expostas nesta sala.

EXÉRCITO
Esta sala chama a atenção pelo fato de mostrar o lado humano do mito. Enquanto servia no Texas, pediu afastamento para ficar junto de sua mãe que adoeceu. Foi transferido para a Alemanha um mês depois do falecimento dela. Além de documentos e objetos, há uma carta muito atenciosa em resposta a uma fã, enviada da Alemanha, onde passou parte do seu serviço militar e onde conheceu Priscilla, que seria sua futura esposa. Nessa época, aos 23 anos, já era um grande ídolo e se tornou um exemplo de cidadania e humildade.

CINEMA
Nessa fase, Elvis passa 13 anos afastado dos palcos para fazer 31 filmes e dois documentários, sendo um dos atores mais bem pagos de Hollywood. Nas paredes desta sala estão os cartazes originais, e trechos dos filmes são exibidos em telas suspensas.

COMEBACK SPECIAL
Por seu afastamento dos shows, Elvis acaba perdendo popularidade. Este especial feito para a TV NBC em 1968 acaba sendo o responsável por seu retorno aos palcos. Nesta sala escura, um grande painel de LED exibe a performance da canção "If I Can Dream" e, ao fundo, o foco é para o traje branco usado na gravação.

GRACELAND
Essa seção deve ser uma das mais esperadas pelos fãs, pois estão objetos de uso pessoal, joias, perfumes, documentos pessoais como cartões de crédito e credenciais, acessórios esportivos, livros, anotações manuscritas e também um pouco de seus hobbyes e de sua paixão por carros e motos. Este ambiente lembra alguns cômodos da casa de Elvis.


SALA DE PRÊMIOS
Os discos de ouro nas paredes se confundem com o painel cenográfico; ao lado de diversos outros prêmios expostos está um dos três Grammys que ganhou, todos por músicas gospel.

CLOSET
Nessa área pode-se ver como Elvis era exótico no seu modo de vestir: camisas, calças, jaquetas, chapéus, cintos e calçados que fizeram parte do seu guarda-roupa.

"JUMPSUITS"
A década de 70 foi marcada pelo seu retorno aos palcos e pelos macacões usados nos shows, feitos exclusivamente para o Rei. É possível ver como Elvis manteve sua boa forma física pelas roupas justas e ornamentadas com pedrarias e metais e bordados. Cada "jumpsuit" tem um nome e, entre os mais conhecidos da exposição, estão "Inca Gold", "Chain", "Mad Tiger", "Caped Fringe", "Black Spanish Flowers" e o "Aloha Eagle", usado no show histórico "Aloha from Hawai".

Crédito: Divulgação
Fábio Cadôr (foto), que está em cartaz com a peça "E o Vento Não Levou", visitou a mostra de Elvis Presley, que sai de cartaz domingo

16/08/1977
O espaço mostra as TVs, revistas e jornais impressos de diversos países noticiando a morte do Rei e a reação de seus fãs. Dá para ter noção da importância que ele teve na mídia, sua influência na música e em outros artistas. Com a trilha de "My Way" ao fundo, a sala tem o livro de presença assinado por amigos e parentes em seu funeral, e uma tocha acesa que representa a instalada em Graceland, em memória à vida de Elvis Presley.

HOMENAGENS
Também há uma sala de paredes brancas onde o público pode escrever mensagens ao Rei, assim como nos muros de Graceland. Um painel de LED cobre uma das paredes exibindo uma edição de cenas de sua trajetória, trazendo ao visitante o sentido de por que dizem que "Elvis não morreu".

"HAPPENING"
Espaço que possui, além da discografia, de uma maquete de Graceland e de souvenirs da época, algumas atividades interativas para crianças e um álbum de fotos digital, acionado pela tecnologia "kicnect". As atrações nesta sala são um pouco dispersas pela variedade, vale uma atenção maior pelos detalhes.

LOJA
Produtos originais de Graceland podem ser adquiridos ao fim da exposição. Bonés, camisetas, chaveiros, canecas, DVDs e livros estão entre os souvenirs, de preço salgado para qualquer bolso, mas de qualidade inegável.


IMPRESSÕES GERAIS

Vale muito a pena conhecer a exposição pelo valor histórico e por sua importância no mundo da música. Independente de ser ou não fã de Elvis Presley, é imperdível e uma oportunidade única. Recomendo adquirir o "Guia do Visitante" fornecido pelos organizadores e ler todas as legendas e placas nos ambientes, para não perder nenhum detalhe.

Um ponto negativo é a falta de isolamento acústico entre as salas, fazendo com que o som de uma se misture ao de outra, atrapalhando um pouco a concentração.

Em relação ao projeto original, algumas áreas foram alteradas, como a lanchonete (que não foi montada) e alguns detalhes da tematização. O que me pareceu foi que houve um cuidado maior com as primeiras áreas e que faltou acabamento em outras.

Ainda assim, seria só uma forma de tornar o passeio ainda mais emocionante, pois as verdadeiras estrelas são os itens do acervo de Graceland, que mostram porque, mesmo após 35 anos sem ele, Elvis ainda é o Rei do Rock!

Fábio Cadôr, de 32 anos, é ator, apresentador, cantor, fã e cover de Elvis Presley. Atualmente, está em cartaz com a peça "E o Vento Não Levou", no Teatro Folha. Para mais informações, acesse o site oficial do artista.

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