'Acho selfies um pouco nonsense', diz Jessica Lange, que ganha mostra em SP

Quem está acostumado a ver Jessica Lange na série "American Horror Story" ou se lembra da loira em "King Kong" (1976) provavelmente não conhece uma das facetas da atriz norte-americana: a da fotógrafa. E é para mostrá-la que o MIS (Museu da Imagem e do Som) recebe a exposição "Jessica Lange - Fotógrafa".

A seleção apresenta 135 imagens e 12 folhas de contato registradas ao longo de 20 anos, organizadas em duas séries: Coisas que Eu Vejo e México. "Minha maneira favorita de fotografar é como uma espiã, no anonimato. Eu observo, e não sou observada. É o oposto de ser atriz", explica Jessica, que levou a estatueta dourada do Oscar por sua atuação em "Tootsie" (1983) e em "Céu Azul" (1995).


Em preto e branco, as imagens mostram narrativas instantâneas e que se condensam no momento do clique —como as fotos de pessoas fantasiadas no Dia dos Mortos mexicano, ou o registro da neta da atriz segurando uma cobra na fazenda da família.

O jogo de luzes e sombras e o viés artístico das imagens parecem configurar como marca de Jessica, que não se considera absorta por novas tecnologias. "Entendo esse percurso de as pessoas quererem registrar e mostrar todos os momentos [sobre selfies], mas quem se importa tanto com você? É um pouco nonsense", afirma.

Informe-se sobre a exposição


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