Júri aponta 'Álbum', de Mauro Restiffe como melhor exposição; público elege 'Renato Russo'



Na eleição de melhores eventos de 2017, os especialistas convidados pelo "Guia" escolheram a exposição "Álbum", de Mauro Restiffe, como a melhor exposição do ano.

Organizada na Estação Pinacoteca, a mostra reúne 143 fotografias analógicas nunca antes expostas, que retratam paisagens, cenas da cidade e momentos vividos com sua família. As obras dialogam com pinturas dos acervos do Masp e da Pinacoteca. A exposição acumulou seis pontos.

Dividiram o segundo lugar, com cinco pontos, as mostras "Levantes", do Sesc Pinheiros, e "São Paulo não É uma Cidade", do Sesc 24 de Maio.

Também ocorreu empate no terceiro lugar: "Agora Somos Todxs Negrxs", do Galpão VB e "The Clock", do IMS, somaram três pontos.

Na eleição entre os leitores, quem levou o prêmio foi "Renato Russo", exposição do MIS que apresentou ao público documentos, fotos, instrumentos musicais e outros itens encontrados no apartamento no Rio de Janeiro em que o líder do Legião Urbana passou seus últimos anos de vida.


CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:

1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).


CONFIRA OS VOTOS DOS JURADOS

Celso Fioravante, editor do Mapa das Artes

1º lugar: "São Paulo não É uma Cidade", no Sesc 24 de Maio: São Paulo: a tua mais completa e complexa tradução

2° lugar: "Levantes", no Sesc Pinheiros: Levanta-te, cobre tua face e atire uma pedra

3º lugar: "Bompas and Parr", no MAM: Doce, doce... E, sob a marquise, os preços não são salgados...

Pior do ano: Os ataques à liberdade de expressão, a violência no MAM e a autocensura no Masp


Eduardo Biz, curador e pesquisador do aplicativo Artikin

1º lugar: "Agora Somos Todxs Negrxs?", no Galpão VB: Amadurece discussão sobre questões raciais e de gênero

2º lugar: "Histórias da Sexualidade", no Masp: Dá espaço e mostra a necessidade de discutir liberdade de expressão

3° lugar: "Siron Franco em 38 obras", na Mário de Andrade: É inspiradora sua produção, associada à crítica social

Pior do ano: A reação de quem viu nas exposições um palco para esbravejar conservadorismo e preconceito


Fabio Cypriano, crítico de artes plásticas da Folha

1º lugar: "Levantes", no Sesc Pinheiros: Panorama das manifestações em momento conturbado da humanidade

2º lugar: "São Paulo não É uma Cidade", no Sesc 24 de Maio: Reúne facetas controversas da cultura paulistana

3º lugar: "Álbum", na Estação Pinacoteca: Seleção surpreendente da obra de Restiffe, disposta fora do padrão

Pior do ano: "Histórias da Sexualidade", no Masp: Ao proibir a mostra para menores, o Masp se mostra um museu elitista


Gisele Kato, editora do canal Arte 1

1º lugar: "Álbum", na Estação Pinacoteca: As memórias dos Restiffe vão muito além do registro de férias

2º lugar: "Osso", no Instituto Tomie Ohtake: Quantos Rafael Braga há por aí? Arte por direitos da Constituição 

 3º lugar: "Alair Gomes e Robert Mappelthorpe", na Fortes DAloia e Gabriel: O corpo que é desejo e escultura

Pior do ano: "Histórias da Sexualidade", no Masp: O veto a menores de 18. Ficou a impressão de medo da onda moralista


Úrsula Passos, editora-assistente de Cultura 

1º lugar: "The Clock", no IMS: Foi "o" programa na Paulista e deixou o público confortável

2º lugar: "Álbum", na Estação Pinacoteca: Fotos de família nada triviais conversaram com pinturas

3º lugar: "Bestiário", no CCSP: Essa pequena exposição, num lugar apertadinho, uniu obras que faziam sentido juntas

Pior do ano: "Histórias da Sexualidade", no Masp: Masp cedeu à pressão dos que discutem arte sem falar de arte


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