Tributo a Mario Cravo Neto mostra delicado olhar sobre os mitos afro-baianos

Crédito: Mario Cravo Neto/Divulgação
Clique exposto na mostra "Eternamente Agora: um Tributo a Mario Cravo Neto", em São Paulo

Cerca de 50 fotografias coloridas e em preto e branco integram a individual "Eternamente Agora: um Tributo a Mario Cravo Neto" que homenageia, no Instituto Tomie Ohtake (região oeste da cidade de São Paulo), o baiano Mario Cravo Neto, morto em agosto de 2009.

Com curadoria do crítico Paulo Herkenhoff e do fotógrafo Christian Cravo --filho do artista--, a mostra traz cliques de corpos esculpidos pela luz ou fotos afetivas de seus familiares, que têm como pano de fundo a cultura e as tradições afro-baianas.

Ao fotografar os ícones ritualísticos da religião afro-brasileira, Cravo Neto conectava objetos, pessoas, atmosfera, símbolos e mitos.

As emblemáticas imagens de orixás e a tentativa de registrar o sofrimento existencial pontuam uma das tarefas do artista: estabelecer uma relação entre dor e fotografia.

O fotógrafo foi um dos pioneiros a ter sua obra valorizada pelo mercado de arte internacional e a introduzir no país a ideia da fotografia como objeto de arte colecionável.

Instituto Tomie Ohtake - r. Coropés, 88, Pinheiros, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2245-1900. Ter. a dom.: 11h às 20h. Até 17/1/2010. Grátis. Estac. c/ manob. (R$ 7 a 1ª h mais R$ 2 p/ h adicional). Visita monitorada somente c/ agendamento. Classificação etária: livre.

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