Passe a noite no museu: confira locais abertos até as 22h

Pensando nos notívagos e nas pessoas que preferem fugir da badalação diurna, o "Guia" oferece uma lista de museus que abrem as portas até tarde ou prolongam seus horários em certos dias da semana.

Confira nove opções com boa programação em cartaz em São Paulo, além de entrevista com Marcelo Araujo, secretário de Estado da Cultura.


MASP
Cartão-postal da cidade, o museu estende o horário até as 20h às quintas-feiras. Entre as boas exposições em cartaz, destaque para "Obsessões da Forma". Esculturas do acervo da instituição estão novamente reunidas na segunda edição da mostra. São 50 obras de mestres do século 19 a nomes atuais, entre eles Renoir, Degas, Brecheret, Felícia Leirner, Calder, Rodin e Ianelli, selecionadas por Teixeira Coelho e Denis Molino.

Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, região central, tel. 3251-5644. Ter., qua. e sex. a dom.: 11h às 18h. Qui.: 11h às 20h. Até 31/10. Livre. Ingr.: R$ 15 (ter.: grátis).


PINACOTECA DO ESTADO
Com grandes exposições em cartaz, a Pinacoteca muda o funcionamento às quintas-feiras, quando permanece aberta até as 22h. Para quem curte arte cinética, não deixe de conferir a exposição do artista venezuelano Carlos Cruz-Diez.

Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3324-1000. Ter., qua. e sex. a dom.: 10h às 18h. Qui.: 10h às 22h. Livre. Ingr.: R$ 6 (grátis p/ menores de dez, maiores de 60 anos, qui. após as 18h, e sáb.). Ingr. combinado: R$ 6 (Estação Pinacoteca e Pinacoteca do Estado). Estac. grátis.

Crédito: Divulgação Obra de Carlos Cruz-Diez
Obra de Carlos Cruz-Diez


MIS
Aqui, o horário é alternativo -uma boa opção para os notívagos de plantão. De terça a sexta, é possível entrar no museu até as 21h e ficar contemplando as obras até as 22h. Entre as mostras, fique de olho em "Mágico do Cinema". Na exposição, seis seções remontam a trajetória do cineasta Georges Méliès e de suas invenções revolucionárias. Além de objetos originais como figurinos de seus filmes, 11 projeções de suas películas figuram em algumas paredes do espaço. Se quiser esticar o passeio, vale uma pausa no badalado restaurante Chez MIS.

Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2117-4777. Ter. a sex.: 12h às 21h (c/ permanência até as 22h). Sáb. e dom.: 11h às 20h. Livre. Ingr.: R$ 4. Estac. (R$ 8 - convênio).


CASA DAS ROSAS
Para aqueles que curtem a capital paulistana à noite, a Casa das Rosas, no coração da avenida Paulista, é uma opção. O espaço segue aberto até as 22h, de terça a sábado, e oferece uma programação variada para todos os gostos.

Av. Paulista, 37, Bela Vista, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3285-6986. Ter. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 10h às 18h. Livre. Estac. (R$ 11 p/ 3 h, na al. Santos, 74 - convênio). Grátis.

Crédito: Alessandro Shinoda/Folhapress Imagem da Casa das Rosas, na avenida Paulista, 37
Imagem da Casa das Rosas, na avenida Paulista, 37


MUSEU DA CASA BRASILEIRA
A cada 15 dias, às quartas-feiras, o lugar fica aberto até as 22h.Na programação do museu, há a exposição "Olho Mágico", com fotos de Anna Kahn. Para mais informações, acesse o site da instituição.

Av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3032-3727. Ter. a dom.: 10h às 18h. Dia 1o/8: 10h às 22h. Livre. Ingr.: R$ 4. Valet (R$ 12 a 1a h; dom.: R$ 15).


MUSEU AFRO BRASIL
Uma vez por mês, às quintas-feiras, o museu permanece aberto até as 21h, quando realiza o "Encontro com o Artista" --evento que conta com a presença de um dos artistas integrantes do acervo da instituição. Nesta quinta (dia 26), é a vez de Rosana Paulino falar sobre seu processo de produção. Confira a programação das palestras no site

Pq. Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/no, portão 10, parque Ibirapuera, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h (c/ permanência até as 18h). Dia 26: 10h às 21h. Livre. Estac. (sistema zona azul - no portão 3). Grátis.


MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA
O espaço estende seu horário até as 22h na última terça-feira do mês. Não deixe de ver a exposição "Jorge Amado e Universal", que termina no domingo (dia 22). Objetos, folhetos de cordel e filmes são alguns dos itens da mostra, que homenageia o centenário de nascimento de Jorge Amado. Dividida em módulos, a exposição explora personagens, o lado político, a malandragem e traz também depoimentos do autor baiano.

Estação da Luz - pça. da Luz, s/nº, Bom Retiro, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3326-0775. Ter. a dom.: 10h às 17h30 (c/ permanência até as 18h). Livre. Ingr.: R$ 6 (grátis p/ menores de dez, maiores de 60 anos, e sáb.).


MAC-USP
Seguindo o conceito de museus em universidades, em que os alunos podem desfrutar da arte antes ou depois de entrar na sala de aula ou, ainda, utilizar o espaço como um ambiente para reflexão, o MAC-USP fica aberto até as 20h, às terças e às quintas. Entre as mostras, vale a pena ver "Redes Alternativas". As relações entre a produção de artistas latino-americanos e do Leste Europeu, que enfrentavam a censura dos regimes ditatoriais em seus países nos anos 1960 e 1970, são retratadas em 40 trabalhos.

R. da Praça do Relógio, 160, Cidade Universitária, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3091-3039. Ter. e qui.: 10h às 20h. Qua. e sex. a dom.: 10h às 18h. Livre. Estac. grátis. Grátis.


FAAP
Dentro da faculdade, em Higienópolis, há o Museu de Arte Brasileira, que fica aberto até as 20h, de terça a sexta. Em cartaz no espaço, destaque para a exposição "A Arte Chinesa Tradicional", com pinturas em papel de arroz de nove artistas chineses. Montanhas, lagos, árvores e flores são os temas explorados.

Museu de Arte Brasileira - r. Alagoas, 903, Higienópolis, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3662-7198. Ter. a sex.: 10h às 20h. Sáb. e dom.: 13h às 17h. Livre. Grátis.


MARCELO ARAUJO, secretário de Estado da Cultura, fala sobre horários estendidos de museus

Qual a importância de horários alternativos em museus para a sociedade paulistana?
Os museus devem buscar sua inclusão na cidade e no ambiente social em que estão inseridos. São Paulo tem uma demanda por cultura que, há muito tempo, não cabe mais no horário tradicional. Ampliar o horário do funcionamento é aumentar as possibilidades de acesso da população aos equipamentos culturais. A abertura noturna vem sempre acompanhada de atividades extras, como palestras, além de ajudar a atrair um público novo.

Quando foram implementados esses horários? Qual foi o objetivo?
O horário noturno já era adotado por alguns equipamentos mantidos pela Secretaria desde a sua abertura, como é o caso da Biblioteca de São Paulo e da Casa das Rosas. O Museu da Língua Portuguesa abre à noite, uma vez por mês, desde 2007. Mas a abertura noturna começou a se intensificar no final do ano passado, com a adesão de outros museus à proposta. Muita gente não consegue conciliar horário de trabalho com o horário de funcionamento típico das instituições. É uma forma, também, de atender a turmas de estudantes do período noturno.

Por que outros museus não adotaram o horário ampliado?
A implantação do horário noturno está sendo feita aos poucos, respeitando as características e a autonomia de cada museu para decidir a melhor forma de fazê-lo.

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