Ocupação Itaú Cultural homenageia Nise da Silveira, que tratou pacientes por meio da arte

Nise da Silveira em foto de arquivo pessoal
Nise da Silveira em foto de arquivo pessoal - Arquivo pessoal Nise da Silveira/Divulgação


Nise da Silveira foi a única mulher a se formar na turma de 1926 da Faculdade de Medicina da Bahia. Lutou contra terapias de choque nos anos 1940, criou um método para tratar pacientes com transtornos mentais por meio da arte e desafiou a ditadura militar. Esses são alguns dos motivos pelos quais ela foi escolhida como homenageada da 36ª Ocupação Itaú Cultural, que será aberta neste sábado (25).

A mostra exibe fotos, vídeos, manuscritos e correspondências em sua maior parte inéditas da psiquiatra alagoana (1905-1999). Entre os documentos, há cartas que trocou com o psiquiatra suíço Carl Jung (1875-1961), trabalhos que escreveu, fotografias de seu acervo pessoal e depoimentos de familiares, amigos, colegas de trabalho e pacientes. Grande parte dos objetos expostos fazem parte do acervo do Museu de Imagens do Inconsciente, fundado por ela em 1952, no Rio de Janeiro.

Na seção Ateliê Vivo, o público pode experimentar algumas das técnicas artísticas que foram usadas por Nise em tratamentos psicoterapêuticos, como desenho, bordado, recorte e colagem. No mesmo espaço, pacientes do hospital psiquiátrico de Engenho de Dentro, onde Nise trabalhou e que hoje leva seu nome, apresentam obras produzidas durante seus tratamentos.

Na quarta (29), será apresentado o curta-metragem Sociedade Secreta (2007), de Juliana Vettore, que mostra os esforços para o fechamento de manicômios no Brasil.

No dia seguinte, na última edição do projeto Brechas Urbanas, que discute a cidade, o professor de filosofia Peter Pál Pelbart, o poeta e arte-educador Babilak Bah e a psicóloga Flavia Blikstein debatem o espaço do indivíduo com problemas mentais nas cidades.

Av. Paulista, 149, Bela Vista, região central, tel. 2168-1777. Ter. a sex.: 9h às 20h. Sáb. e dom.: 11h às 20h. Até 28/1. Livre. Abertura 25/11. GRÁTIS

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