O público paulistano já pode visitar a exposição "Caravaggio e Seus Seguidores" no Masp (centro). A mostra, inaugurada nesta quinta-feira (2), chega à cidade meses depois de uma outra "Medusa" ser descoberta, numa coleção particular na Itália, e reconhecida como a primeira versão da célebre obra do artista italiano Caravaggio (1571-1610).
O acervo conta com sete obras desse que é um dos artistas mais copiados do mundo, além de 14 peças de artistas influenciados por sua técnica.
A tela batizada de "Medusa Murtola" colocou o aspecto de atribuição das peças de Caravaggio em foco e reacendeu a discussão sobre o cerne de produção das obras clássicas. A segunda versão encontra-se na Galleria degli Uffizi, em Florença (Itália).
Na exposição, com curadoria de Fabio Magalhães (Brasil) e Giorgio Leone (Itália), o público poderá conferir a identidade própria do mestre do barroco, que aparece no naturalismo de suas pinturas, nos elementos dramáticos utilizados e no jogo de luz, entre o claro e o escuro.
Apesar de trabalhar com fatos reais, nada é retratado em tom documental. "Na tela 'São Jerônimo que Escreve', há um realismo forte somado a um mistério e a uma inquietude", diz o curador Fabio Magalhães. "É uma obra que agrega todas as características do processo de produção do pintor italiano", completa.
Entre os seguidores, destaque para Artemisia Gentileschi (1593-1653), com a obra "Madalena Desmaiada". Conhecida por seus trabalhos de cunho erótico, ela foi estuprada por um dos assistentes de seu pai, o também pintor e amigo de Caravaggio, Orazio Gentileschi.
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