Celebrações do centenário de Tomie Ohtake trazem duas mostras; saiba mais

Na cidade que escolheu viver desde 1936, a artista nipo-brasileira Tomie Ohtake inicia as celebrações de seu centenário em plena efervescência.


Crédito: Gabo Morales/Folhapress

Além das obras públicas presentes no cotidiano de São Paulo há décadas, a artista é tema de duas importantes mostras: "Tomie Ohtake - Correspondências", coletiva que a coloca em diálogo com outros artistas, e uma individual com peças recentes, que será aberta na galeria Nara Roesler (zona oeste de São Paulo) na próxima sexta (dia 22).

Após ter iniciado formalmente seus estudos artísticos por volta dos 40 anos, com a entrada no grupo de artistas japoneses Seibi, Tomie segue ativa até hoje.

Entre suas contribuições à arte brasileira está a permanente pesquisa acerca da abstração. Em seis décadas de pinturas (todas sem título), gravuras e esculturas, a artista desafiou-se em investigações a partir de elementos simples, como o círculo e as cores monocromáticas. Saiba mais sobre as exposições:

Tomie Ohtake - Correspondências
No lugar de uma óbvia retrospectiva, o Instituto Tomie Ohtake (zona oeste de São Paulo) deu início às celebrações do centenário da artista com uma mostra coletiva. Na seleção de Agnaldo Farias e do jovem curador Paulo Miyada são apresentadas interseções entre a produção dela e as obras de outros artistas. Cor, gesto e materialidade são os núcleos temáticos que conduzem os diálogos. Velhos conhecidos da homenageada, como Amelia Toledo e Mira Schendel, são expostos ao lado de nomes como Cildo Meireles e Nuno Ramos. O esperto olhar da curadoria promove associações surpreendentes, como o vídeo em que a artista Lia Chaia risca intensamente seu corpo com uma caneta vermelha exibido próximo à tela de Tomie e do gesto disciplinado de seus círculos.
Informe-se sobre o evento

Tomie Ohtake
A partir da próxima sexta (dia 22), na galeria Nara Roesler, o público poderá conhecer cerca de 20 peças recentes de Tomie Ohtake. A mostra é um marco da relação entre a artista e a galerista, que iniciaram parceria em 1983. Também com curadoria de Agnaldo Farias, a individual reúne pinturas e esculturas realizadas entre 2011 e 2012. Merece destaque o tratamento das cores luminosas das telas mais recentes.


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