Se a pandemia no Brasil tem números distantes daqueles da Europa e dos Estados Unidos, que já promovem grandes shows e festivais apenas para pessoas vacinadas, o que nos resta é acompanhar os últimos lançamentos musicais no streaming e ter um gostinho do que, com sorte, poderemos ver em algum tempo futuro em palcos brasileiros.
No último mês, publicaram novos trabalhos nomes gigantes da música como Kanye West, Drake e Lorde, além de rostos menos conhecidos como Yebba e Indigo de Souza e artistas nacionais, caso de Gaby Amarantos e Liniker. Também aconteceram até alguns encontros improváveis, como a parceria de Lady Gaga com Pabllo Vittar em uma versão brasileiríssima de uma das músicas da cantora americana.
Confira, abaixo, uma lista de dez discos lançados no último mês para tornar o tempo em casa mais divertido —e sonhar com o momento em que poderemos ter grandes shows lotados de pessoas sem máscara novamente.
Dawn - Yebba (10/9)
O trabalho mais fresco desta lista é também o primeiro da carreira desta americana, que, antes de lançar um álbum, colecionou colaborações com nomes como Sam Smith, Ed Sheeran, Drake e Mark Ronson. O último, aliás, aparece na lista de produtores do disco que faz uma boa mistura de R&B e pop e mostra toda a versatilidade da cantora.
Índigo Borboleta Anil - Liniker (9/9)
Este é o primeiro álbum solo da cantora, que construiu sua carreira ao lado da banda Os Caramelows. Mais de um ano após a parceria acabar, a paulista mostra seu já conhecido R&B, mas não só —também há ótimos acenos ao samba e à MPB nas faixas. Somam-se ao vozeirão de Liniker as participações de Tassia Reis e Milton Nascimento.
Certified Lover Boy - Drake (3/9)
Uma trupe nada modesta acompanha o rapper canadense em seu sexto álbum de estúdio, que chega três anos após “Scorpion” —das 21 faixas, apenas nove não têm participações. Nomes como Jay-Z, Travis Scott, Young Thug, Lil Wayne e Kid Cudi aparecem ao longo dos 86 minutos do álbum, que bateu o recorde do Spotify com o maior número de execuções em um único dia.
Dawn of Chromatica - Lady Gaga (3/9)
Foi com a ajudinha de um punhado de grandes nomes que Lady Gaga fez a melhor estreia de um álbum de remixes da história do Spotify. Acompanhada de Arca, Rina Sawayama, Charli XCX e, claro, Pabllo Vittar, a cantora elevou as batidas do álbum lançado em maio do ano passado e incluiu, entre as repaginações, ritmos como o hyperpop. É a chance de ouvir a cantora americana em dueto com Vittar em uma versão arrocha de “Fun Tonight”.
Sometimes I Might Be Introvert - Little Simz (3/9)
A rapper inglesa elogiada por Lauryn Hill e Kendrick Lamar chega ao quinto álbum, no qual incursiona também pelo R&B, pelo afrobeat e pelo soul, enquanto canta temas como as dificuldades de ser uma pessoa introvertida na indústria musical —como o título do trabalho já antecipa.
Purakê - Gaby Amarantos (2/9)
Quase uma década separa o novo disco da paraense de seu primeiro trabalho, “Treme” (2012), que levou o tecnobrega ao mainstream com sucessos como "Xirley" e “Ex Mai Love”. Agora, ao lado de um timaço de colaboradores que inclui Elza Soares, Dona Onete, Alcione e Ney Matogrosso, Amarantos entrega um novo pop amazônico com produção do também paraense Jaloo.
Donda - Kanye West (29/8)
Depois de muito tempo de suspense, o rapper americano finalmente pôs no mundo o sucessor de "Jesus Is King" (2019) com direito a uma espécie de reality show que o acompanhou no processo de finalização do disco em um quartinho —as imagens foram transmitidas em carros que circularam por cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Batizado com o nome de sua mãe, o décimo álbum do cantor tem quase duas horas e não causou o mesmo furor de trabalhos anteriores, mas merece ser escutado.
Any Shape You Take - Indigo de Souza (27/8)
Com produção de Brad Cook, que já trabalhou com Bon Iver, a cantora americana agradou a crítica com seu segundo disco, no qual mergulha em uma sonoridade que explora o indie rock, o grunge e pitadas de pop em meio a desabafos e declarações amorosas.
Solar Power - Lorde (20/8)
Depois de quatro anos de hiato, poucas aparições públicas e uma viagem para a Antártida, a neozelandesa que mudou o rumo do pop quando surgiu com a estrondosa “Royals”, em 2012, retorna em sua fase mais solar. Com uso bem mais moderado das batidas eletrônicas pelas quais ficou conhecida, a cantora buscou nas influências de grupos como Primal Scream a energia para uma sonoridade próxima a uma “viagem de maconha”, segundo ela.
De Primeira - Marina Sena (19/8)
A mais nova sensação da música pop nacional —que antes se apresentava com o grupo Rosa Neon, que estourou com a canção “Ombrim”— lançou um disco refrescante que se esbalda em influências brasileiras e latinas e faz fãs do gênero implorarem por uma festinha em um dia de sol.
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